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Agricultura capacita startups para atuarem no agronegócio

Treinamento foi realizado pelo Governo do Estado

18/11/2020 09h52 - Atualizado há 3 anos Publicado por: Redação
Agricultura capacita startups para atuarem no agronegócio Foto: Divulgação / Governo de São Paulo

Com o intuito de auxiliar mestrandos, doutorandos e pós-doutorandos na jornada empreendedora de transformar promissores resultados de pesquisa científica em ideias de negócio, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo realizou a segunda edição do Programa de Treinamento de Startups.

Ao todo, 13 equipes participaram do treinamento encerrado no início do mês e oferecido pela Rede de Núcleos de Inovação Tecnológica da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (Rede NIT-APTA), em parceria com o Agropolo Campinas – Brasil, plataforma interinstitucional fundamentada no conceito de inovação colaborativa. As equipes contaram com pós-graduandos, pós-doutorandos e pesquisadores do Instituto Agronômico (IAC), Instituto Biológico (IB), Instituto de Economia Agrícola (IEA), Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital), Instituto de Zootecnia (IZ) e APTA Regional.

O treinamento foi ministrado por Flávio Grynszpan, consultor especializado em inovação e um dos coordenadores do curso PIPE-Empreendedor, desenvolvido pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), no âmbito do Programa Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas. Grynszpan é também parceiro do Instituto Agronômico (IAC) em projetos voltados ao fomento do empreendedorismo e ao desenvolvimento de negócios com foco no agro e interface com alimentos, saúde, bioenergia e produtos químicos.

Segundo Grynszpan, o treinamento faz com que os pesquisadores e pós-graduandos saiam de seus laboratórios e vão às ruas conversar com seus potenciais clientes para verificar se de fato a ideia de negócio deles é de interesse de quem poderá consumir o produto ou serviço. “Quando você desenvolve pesquisa dentro de uma instituição, você ou a instituição define o que é prioridade a ser pesquisado. Quando você monta um negócio isso muda, pois é o cliente que manda. O dono do negócio é o cliente”, explica.

Se o cliente manda no negócio, o jeito é ouvir o que ele tem a dizer, por isso, Grynspzan faz com que os empreendedores realizem entrevistas até terem a certeza de que seu negócio resolve o problema, a dor, do cliente. Se a resposta for positiva, vale o investimento de tempo e recursos financeiros. Se não for, o jeito é mudar o negócio.

O consultor especializado em inovação explica que o desenvolvimento de startups é um caminho alternativo para transferir tecnologia ao setor produtivo. Se antes as tecnologias desenvolvidas pelos Institutos eram apenas oferecidas para as empresas já estabelecidas no mercado, hoje, é possível criar startups para que esses resultados inovadores cheguem de forma mais rápida ao seu destino.

“As grandes empresas entendem muito de seus negócios e inovam dentro dele. Elas, porém, pouco se arriscam em novos negócios, por isso, as startups têm uma grande chance de crescimento. Com elas, é possível fazer essa transferência de tecnologia mais rápido. Essas pequenas empresas podem crescer e se estabelecer no mercado ou ser absorvida por um grande grupo”, afirma.

O Brasil conta, atualmente, com cerca de 1975 startups com serviços e soluções para o agronegócio, de acordo com a 100 Open Startups, consultoria em ecossistemas de inovação, que contabilizou as empresas cadastradas em sua base até o final de abril de 2020. De acordo com a 100 Open Startups, o crescimento dessas empresas é vertiginoso desde 2017, girando em torno de 702%.

Pesquisadores da APTA também recebem treinamento

Os pesquisadores dos Institutos de Pesquisa da APTA, da Secretaria de Agricultura, também receberam treinamento sobre a metodologia iCorps e a importância do papel dos cientistas na transferência de conhecimento e resultados de pesquisas para o setor produtivo. O treinamento, também foi ministrado por Grynszpan, de 30 de julho a 20 de agosto, e contou com a participação de mais de 70 pesquisadores, indicados por cada um dos seis Institutos e Polos Regionais ligados à APTA.

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