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Funcionário diz que uniformes estavam em almoxarifado no governo Altomani

22/08/2014 21h23 - Atualizado há 10 anos Publicado por: Redação
Funcionário diz que uniformes estavam em almoxarifado no governo Altomani
Fábio Taconelli
CPI dos Uniformes ouviu dois servidores da Educação e vai convocar um terceiro para prestar esclarecimentos na próxima semana.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que investiga o suposto descarte de uniformes escolares deve convocar o funcionário Reginaldo Simonetti, que trabalha no almoxarifado da Secretaria de Educação, com o propósito de esclarecer as baixas do estoque de uniformes. O depoimento deve ser colhido na próxima sexta-feira (29).

Um dos depoimentos mais produtivos foi do servidor Raony Buzzini. Ele destacou que os uniformes estavam no almoxarifado da Educação, até fevereiro de 2013, na gestão Paulo Altomani. Buzzini que esteve em algumas ocasiões no prédio do Sesi da Vila Marina e, em nenhum momento, encontrou uniformes escolares no recinto.

O primeiro a depor foi chefe da Divisão de Suprimentos da Secretaria de Educação, Waldomir Carlos David Júnior, que trouxe poucos esclarecimentos aos membros da CPI.

Júnior ressaltou que quatro funcionários têm autorização para retirar os uniformes do estoque, entre eles o almoxarife que será convocado para depoimento, fato que chamou a atenção do relator da Comissão, vereador Edson Fermiano (PR). “Como um chefe de Divisão desconhece que deu a baixa? Isso não pode acontecer”, disse o vereador.

O agente operacional da Educação, Raony Buzzini, foi mais elucidativo em seu depoimento. Ele foi supervisor do subalmoxarifado por quase três anos e explicou que a Educação mantinha quatro formas de retirada dos materiais: ofício, email, telefonema e presencial, com os diretores de escola.

Ele comentou que em 30 de dezembro de 2012 foi realizado um levantamento no setor de armazenamento de estoque da Prefeitura e que existiam algo em torno de sete mil peças no almoxarifado. “Enquanto estive trabalhando no almoxarifado não houve a retirada de uniforme sem a devida requisição”, explicou Buzzini, em depoimento à CPI.

O vereador Ditinho Matheus (PMDB) questionou sobre a metodologia de reposição dos materiais. Segundo Buzzini, ocorria de um ano para outro, sempre sobrando uma quantidade de segurança para não faltarem suprimentos no estoque.

 

Educação pedia 50 mil peças para distribuir às crianças 

Raony Buzzini comentou que 50 mil peças de uniformes eram pedidas pela Secretaria de Educação. Ditinho Matheus perguntou por que existiam uniformes da gestão Newton Lima nos estoques encontrados no Fundo Social de Solidariedade e nas antigas instalações do Sesi, na Vila Marina. Ele assinalou que os uniformes mais velhos tinham “rejeição natural” por parte das diretoras. Os uniformes, frisou o agente operacional, sempre foram armazenados no almoxarifado da Educação. “Inclusive a gestão do atual prefeito recebeu os uniformes da gestão [Oswaldo] Barba (PT) no próprio almoxarifado”, disse em depoimento.

Ele comentou que podia responder pela presença dos materiais no almoxarifado até o dia 28 de fevereiro de 2013, dentro da administração Paulo Altomani, quando voltou à função de manutenção na Secretaria de Educação.

 

DISTRIBUIÇÃO

Outras duas situações chamaram a atenção no depoimento de Buzzini. Uma delas diz respeito à distribuição de camisetas e agasalhos para os funcionários da manutenção da Educação. Quando voltou ao setor de manutenção, Buzzini trabalhou na desinstalação dos materiais da escola improvisada no Jardim Zavaglia e que os restos de material eram levados ao prédio do Sesi na Vila Marina. No tempo em que trabalhou no encaminhamento dos produtos, não encontrou uniformes na unidade escolar. 

“Foi bastante esclarecedor, uma vez que trouxeram alguns nomes de outras pessoas que também tiveram acesso a essas informações e podem esclarecer algumas questões, como por exemplo, aquele ofício de baixa indevida dos uniformes no estoque do almoxarifado”, afirmou o presidente da CPI dos Uniformes, Maurício Ortega (PSDB).

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