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Santa Cruz denuncia superfaturamento em shows de até 358%

23/08/2014 12h59 - Atualizado há 10 anos Publicado por: Redação
Santa Cruz denuncia superfaturamento em shows de até 358%
Fábio Taconelli
Ex-aliado de Altomani, Marcelo Santa Cruz move representação contra shows promovidos por administração tucana.

O empresário e ex-aliado do prefeito Paulo Altomani (PSDB), Marcelo Santa Cruz, protocolou, no Ministério Público, uma representação contra o administrador tucano questionando alguns gastos promovidos em realização de shows em São Carlos. O empresário reuniu uma série de documentos, entre notas fiscais de apresentações artísticas do município e de outras cidades, que apontam uma diferença que atinge 358%.

“Procurei o Ministério Público porque não acho justo a população pagar por isso”, ressaltou Santa Cruz, ao ser questionado sobre a representação.

A representação movida por Santa Cruz envolve o prefeito Paulo Altomani, o coordenador de Artes e Cultura, Robertinho Mori, e as empresas contratadas. De acordo com Marcelo Santa Cruz, a ideia da representação surgiu após a realização do show dos cantores Victor e Léo, que festejou o aniversário de São Carlos em 4 de novembro de 2013.

“Reuni documentos e notas que comprovam que o show de Victor e Léo, que aconteceu em Gavião Peixoto, num sábado, custou R$ 100 mil; em São Carlos, numa segunda-feira, esse show custou R$ 170 mil, o que representa 70% a mais”, argumentou.

Santa Cruz juntou documentos de outros shows que aconteceram em São Carlos durante o Carnaval, de 1º a 4 de março deste ano, quando apresentaram-se os grupos Os Travessos, Katinguelê, Mulatas do Sargentelli, Eliana de Lima, Jair Rodrigues e Luciana Melo.

O conjunto de shows custou R$ 283 mil e sugerem, segundo o denunciante, discrepâncias absurdas nos valores. Ele mostrou alguns exemplos. O grupo Os Travessos apresentou-se em São Carlos por R$ 44 mil no dia 1º de março de 2014. No mesmo mês, o conjunto musical esteve em Hortolândia, na região de Campinas, e cantou por R$ 12 mil – 266% mais barato.

 

DISCREPÂNCIA

De acordo com Marcelo Santa Cruz, o grupo Katinguelê também esteve em Hortolândia, mas no dia 3 de março deste ano. A apresentação custou R$ 12 mil; em São Carlos, o valor cobrado foi de R$ 55 mil, uma diferença de 358%. Outro exemplo mencionado na representação é o da cantora Eliana de Lima. Na mesma Hortolândia, a apresentação musical custou R$ 15,8 mil; em São Carlos, foram R$ 91,5 mil. Nesse valor, inclui-se a apresentação das Mulatas do Sargentelli.

“Pedi ao Ministério Público o acolhimento da representação e a instauração de um inquérito civil. Espero que essa representação torne-se uma ação civil pública e uma ação penal, porque o povo de São Carlos jamais poderá ser lesado”, disse Marcelo Santa Cruz. “Também gostaria de explicações como a dispensa de licitação para contratar artistas e a estrutura dos shows”, complementou o empresário de vendas

O advogado Luís Luppi adiantou que pretende promover uma ação popular, pois está convencido da irregularidade. Em nota, a Prefeitura de São Carlos informou, por meio do seu Departamento Jurídico, que não recebeu nenhuma manifestação do Ministério Público sobre o caso.

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