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Educação, crescimento e uma alternativa à revolução brasileira

08/06/2017 10h23 - Atualizado há 7 anos Publicado por: Redação
Educação, crescimento e uma alternativa à revolução brasileira

Esta semana o economista Samuel Pessoa, sócio da empresa Reliance – parceira da Compass Consultoria para gestão de patrimônio – esteve no programa Roda Viva. Em uma entrevista de quase duas horas, Samuel discutiu um pouco sobre o cenário brasileiro e quais as expectativas para os próximos anos.

Em determinado momento, citou-se que recentemente houve uma série de medidas protecionistas adotadas no Brasil que tiveram resultados catastróficos; na defesa de tais estratégias, os idealizadores apontavam o sucesso de alguns países asiáticos. Samuel, no entanto, aponta que tais medidas não foram a causa do boom observado por lá, mas sim o maciço investimento em educação que antecedeu o período.

Nesta linha e sabendo que o Brasil necessita de uma revolução na educação, cito a proposta do prêmio Nobel de Economia, Milton Friedman, que é detalhada em seu livro “Livre para Escolher”.

Friedman constatou que nos EUA um aluno de escola pública custava tanto quanto um aluno de escola particular, sendo o segundo modelo muito mais eficiente que o primeiro. Tal fenômeno está relacionado, basicamente, a diferença de incentivos.

Observando essa disparidade, foi proposto que se fechasse toda a estrutura governamental voltada à educação e um plano para que os professores da rede pública, assim como toda sua estrutura, fosse absorvida pela instituição privada. Além disso, haveria uma drástica diminuição na regulamentação do setor, estimulando a criação e a concorrência de escolas e métodos educacionais, a fim de uma pluralidade, dinamismo e, consequentemente, aumento da qualidade.

O governo utilizaria o dinheiro poupado para distribuir às famílias em forma de crédito; esse crédito seria aceito pelas escolas e, posteriormente, trocado por dinheiro. A concorrência inevitavelmente levaria a um barateamento do serviço, porém, com base na primeira constatação, já sabemos que tal modelo seria economicamente viável.

Milton Friedman reconhece que tal modelo pode gerar algumas consequências não desejadas, no entanto, é uma alternativa que ao menos vale refletirmos em um país que necessita de uma revolução educacional e não apresenta nenhuma proposta para isso.

 

Lucas Losnak Harris – Consultor Financeiro da Compass Consultoria

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