Torpedos – 22/08/2014
Audiência
Não foi apenas os bloqueios de recursos dos cofres da prefeitura que chamaram a atenção na audiência pública de ontem, na Câmara. O endividamento da cidade foi um dos grandes destaques. Em 14 anos a dívida cresceu 349%. No final de 2000, São Carlos devia R$ 35, 5 milhões. Hoje a divida do município é de R$ 159 milhões. Uma dívida no mínimo impagável. As administrações passadas não pensaram duas vezes em quebrar a cidade de São Carlos. Os números mostram esta realidade que é incontestável. Afinal,b matemática é exata. Quem paga a conta no final é a população, que fica refém e tem os serviços públicos prejudicados. A irresponsabilidade dos gestores deixa claro que a prioridade nunca foi a população.
Audiência 2
Durante a audiência pública, o secretário de Fazenda, José Roberto Poianas, admitiu que, com os bloqueios, o poder de investimento da prefeitura ficou praticamente nulo. A economia é fundamental, e demitir novos comissionados está no plano de contenção de gastos. Mas não adianta demitir hoje e contratar amanhã. O acordão que deve ser feito com os vereadores é pelo bem da cidade e não para os interesses pessoais ou políticos.
Em Brasília
E mais uma vez o procurador jurídico da Prefeitura, Waldomiro Bueno, está em Brasília tentando reverter a situação dos bloqueios. Desta vez, está junto com o prefeito Paulo Altomani. Desta vez a cidade espera que ele seja mais eficiente e consiga juridicamente reverter o caso e não só “passear pela capital”.
Pegou mal
Mesmo estando em Brasília a ausência do procurador jurídico da Prefeitura, Waldomiro Bueno, pegou mal. A ausência soou mais como um “fugindo da briga” do que “estamos resolvendo”.
Embrometion
Agora, o Departamento Jurídica da Prefeitura fez um verdadeiro embrometion nas explicações jurídicas da crise e dos bloqueios. Falaram, falaram, falaram e não disseram nada.
Embrometion 2
Isso é bem a cara de alguns da atual gestão. Falam, mas não dizem nada. Uia, lembrou uma música dos Engenheiros do Havaí: “Eu presto atenção no que eles dizem/Mas eles não dizem nada (Yeah, yeah)”.
Toda forma de poder
Pelo caminhar das coisas, daqui a pouco estarão tocando na Prefeitura e na Câmara: “É tão fácil ir adiante e se esquecer/Que a coisa toda tá errada/Eu presto atenção no que eles dizem/Mas eles não dizem nada./Se tudo passa, talvez você passe por aqui/E me faça esquecer tudo que eu vi/Se tudo passa, talvez você passe por aqui/E me faça esquecer”.
Pelo Euclides
E o Secretário de Governo, Júlio Soldado, esteve dando o ar da graça pelo Legislativo na tarde de ontem. Júlio foi conversar com o presidente da Câmara, Marquinho Amaral (PSDB). O secretário afirmou que a crise está administrável e em pouco tempo a prefeitura vai recuperar o fôlego.
Olhando torto
E teve vereador que olhou torto para este colunista. Um deles chegou a apertar a mão com muita força e afirmou: “Não gostei do que você escreveu”. Afinal, não escrevo para que gostem, escrevo para informar.
Ausentes
E cinco vereadores não estiveram em uma importante audiência pública. Será que, para eles, fiscalizar o dinheiro público não é importante?
