Morreu nesta segunda-feira (26), aos 76 anos, Linda Brown, mulher negra que, quando criança, motivou o fim da segregação racial nas escolas do sul dos Estados Unidos. As informações são do jornal local "Topeka Capital-Journal".
Em 1951, Oliver Brown, que vivia na cidade de Topeka, Kansas, tentou matricular sua filha de nove anos em uma escola próxima à casa da família, reservada para os brancos.
A matrícula de Linda foi negada pela cor de sua pele, e ela foi obrigada a frequentar uma escola para negros, que ficava muito mais longe de sua casa.
Nessa época, a maioria dos estados do sul dos Estados Unidos separavam os estudantes por motivos raciais.
O pai de Linda questionou, em uma ação judicial coletiva, a lei do Kansas que permitia às cidades com mais de 15 mil habitantes estabelecer escolas separadas.
Este longo julgamento foi apoiado e promovido pela NAACP, uma organização fundada em 1909 para defender os direitos dos negros.
O processo judicial terminou com uma das vitórias mais emblemáticas da NAACP e que representou um marco do movimento pelos direitos civis: em 17 de maio de 1954, a Suprema Corte dos Estados Unidos decidiu por unanimidade que a segregação escolar era contrária à Constituição.
Este caso histórico é conhecido como "Brown vs. Board of Education" (Brown contra a Junta de Educação de Topeka).
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