A crise silenciosa e a economia no Brasil
Estamos vivenciando na atualidade uma crise financeira e econômica muito preocupante, pois desde janeiro de 2017, a coisa piorou bastante em relação ao custo de vida. Temos aumento de todos os produtos de primeira necessidade e os qualificados como supérfluos, porém, fazendo parte do padrão cotidiano da maioria das pessoas. Evidencia-se uma situação caótica no mercado econômico brasileiro, indústrias ofertando férias coletivas, o recrudescimento do desemprego, obviamente, incidirá como consequencia, o aumento da informalidade. No comércio, com a queda de vendas das lojas varejistas, verificando nas datas comerciais: páscoa, dias das mães, dia dos namorados, etc., ao que parece não foram profícuas, deixando no tocante as vendas a desejar. Mas, o porquê disso estar ocorrendo? O cidadão está com receio e, destarte, cauteloso nos gastos, comprando apenas o que necessita, fazendo economia até nos gêneros de primeira necessidade, quanto mais, no que antes adquiria de extravagante, ou seja, aquilo que poderia ser prescindido. Cada vez mais, o poder aquisitivo do brasileiro, move-se à uma posição menos elevada, de forma gradativa e, em silêncio, contrastando com os altos preços daquilo que necessita, sendo esse um dos fatores predominantes da crise. Com esse conjunto de ações deletérias, análogo a uma cadeia de sujeição, proliferando a inadimplência econômica. Poderia evitar-se essa situação, se não houvesse os desvios pecuniários, dos quais tomamos conhecimento através da mídia falada, televisiva e escrita, tornando público as investigações das CPIs., da Polícia Federal e a atuação do Ministério Público. Jamais se ouviu falar em corrupção, recebimentos de propinas, lavagem de dinheiro, “rombos” e muito dinheiro público desviado aos paraísos fiscais em outros países. Vemos o que está ocorrendo na Grécia. Espero estar equivocado, mas não tenho boas perspectivas para o 2º semestre vindouro e o ano de 2018. Lamentavelmente! Oxalá esteja enganado.
Antonio Edison Francelin
Delegado de Polícia aposentado