58 morrem pelo novo coronavírus, o Covid-19 em São Paulo
Regente Naomi Munakata está entre as vítimas da covid-19
O número de óbitos
por coronavírus no estado de São Paulo cresceu 163,6% em apenas quatro dias. Se
no último domingo (22) havia o registro 22 pessoas mortas pela covid-19, hoje
são 58. O balanço foi divulgado na noite desta última quinta-feira (26) pela
Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.
Segundo a secretaria, além de crescer em números, o novo coronavírus está
também avançando para outras regiões do estado. No último domingo, apenas a
capital registrava mortos por coronavírus. Mas hoje (quinta-feira (26)) foi
registrada a primeira morte no interior paulista, fora da Grande São Paulo, no
município de Ribeirão Preto, de um jovem de apenas 36 anos, que tinha
comorbidade.
De ontem para hoje (quarta para quinta-feira) foram notificados dez óbitos.
Sete deles são homens, de 36, 63, 73, 76, 80, 86 e 92 anos. E três são mulheres,
de 64, 77 e 77 anos.
Pacientes graves
O número de pacientes internados em estado grave em unidades de terapia
intensiva também cresceu, passando de 54 pessoas ontem para 84 hoje. Até agora,
São Paulo registra 1.052 confirmações para a coronavírus no estado.
Em todo o Brasil, 77 pessoas morreram por complicações do novo
coronavírus.
Naomi Munakata
Entre esses mortos hoje está a regente do Coral Paulistano, a maestrina Naomi
Munakata, 64 anos. A informação foi confirmada pelo Theatro Municipal de São
Paulo. Pelas redes sociais, o Theatro Municipal lamentou a morte e disse que “a
música perde um talento extraordinário e nós perdemos uma grande amiga”.
Por meio de nota, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, lamentou a morte
da maestrina. “Uma das mais importantes regentes brasileiras, Naomi foi
também regente titular do Coro da Osesp durante duas décadas, com
reconhecimento internacional. Era um orgulho para a prefeitura de São Paulo
tê-la como colaboradora”.
Segundo o Hospital Alemão Oswaldo Cruz, a maestrina deu entrada no
pronto atendimento do hospital no dia 16 de março com sintomas de insuficiência
respiratória grave, sendo internada na Unidade de Terapia Intensiva. Ela tinha
comorbidades, que resultaram na evolução desfavorável do quadro clínico.
“O Hospital Alemão Oswaldo Cruz lamenta o falecimento desta que foi um dos
grandes nomes da música erudita brasileira. A direção, equipe médica e
assistencial do hospital se solidarizam com os familiares e amigos neste
momento de grande dor”, diz a nota do hospital.