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Brasil supera 15 mil mortes por Covid-19

17/05/2020 05h59 - Atualizado há 4 anos Publicado por: Redação
Brasil supera 15 mil mortes por Covid-19 Foto: Bruno Kelly / Reuters

São Carlos já tem 55 casos confirmados da doença

Neste final de semana, o Brasil supera uma estatística triste e assombrosa em relação à pandemia do novo coronavírus: já são mais de 15 mil mortes causadas pela doença.  O país é o sexto colocado no ranking mundial de mortes, superando a China (país em que a pandemia se iniciou) e Alemanha. Como se não bastassem os números tenebrosos, o país atravessa uma crise política que deixa o combate à doença sem rumo definido.
O Presidente Jair Bolsonaro, há um mês, demitiu o então Ministro da Saúde Luiz Mandetta. Para seu lugar, trouxe Nelson Teich, que já pediu demissão na sexta-feira (15). Bolsonaro quer um Ministro que seja contrário ao isolamento social e defenda o uso da cloroquina para tratar a doença, o que vai na contramão de recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e de diversas entidades científicas do mundo.
Além disso, Bolsonaro está na mira de um inquérito aberto pela Procuradoria-Geral da República, que apura suposta interferência política do Presidente na Polícia Federal. O inquérito foi aberto após denúncias do ex-ministro Sergio Moro. Amanhã, é possível que um vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, considerado devastador para Bolsonaro, seja tornado público, adicionando mais tempero na crise brasileira.
O Institut for Health Metrics and Evaluation (IHME) dos Estados Unidos estima que o Brasil atingirá o pico de casos de Covid-19 em 2 de junho, com um total máximo de 203.985 casos. Depois de 2 de junho, a epidemia começaria a desacelerar no país, baixando para 103.343 casos em 4 de agosto. O pico de mortes seria em 27 de junho, com 1.024 óbitos em 24 horas. Em 4 de agosto, seriam contabilizados 757 óbitos. Essa estimativa é baseada nos dados oficiais que estão sendo fornecidos pelo Ministério da Saúde do Brasil.
O IHME tem também uma projeção mais pessimista: em 2 de junho, poderemos ter o máximo de 618.152 casos, e o pico de mortes, em 27 de junho, chegaria a 2.646 óbitos num único dia. Nesse cenário mais pesado, em 4 de agosto, teríamos 194.307 casos, com até 1.584 mortes nas 24 horas precedentes.
Na estimativa baseada nos dados oficiais, o Brasil atingiria, em 4 de agosto, um total de 88.305 mortes por Covid-19. Na projeção mais pessimista, o número de óbitos poderia chegar a 193.786.
Enquanto isso, o Brasil segue ganhando mais de 10 mil casos da doença por dia, estando perto de bater os 300 mil casos confirmados, mesmo com quantidade pequena de testes (o país ocupa a 110ª posição entre países e territórios em testes por milhão de habitante). E, agora, está sem comando na pasta central da estratégia para combater a pandemia. Para terminar, ainda poderá assistir mais um processo de impedimento do Presidente da República, o segundo em quatro anos, caso o inquérito em andamento se transforme em denúncia.
SÃO CARLOS – Até sexta-feira (15), a cidade contabilizava 55 casos positivos para a doença, com 3 mortes confirmadas e ainda uma morte suspeita em investigação. Estão internadas neste momento com suspeita de COVID-19, 10 pessoas, sendo 7 adultos na enfermaria (2 confirmados de São Carlos, 1 confirmado de outro município e 4 suspeitos); na UTI adulto estão 2 pacientes (1 confirmado e 1 suspeito) e na enfermaria infantil neste momento 1 criança está internada com suspeita de COVID-19.
Brasil tem mais que o dobro de mortes que demais países da América do Sul
Após ultrapassar as 15 mil mortes pelo novo coronavírus, outro dado que espanta é a comparação do Brasil com seus vizinhos na América do Sul. Somados, esses países tem 6,5 mil mortes pelo novo coronavírus. Ou seja, o Brasil caminha tem mais que o dobro de mortes que esses países juntos.
O Equador é o país com maior número de mortes depois do Brasil com 2594. A seguir, aparece o Peru com 2392 mortes. A Colômbia vem atrás, com número bem menor, de 546 mortes. Em recente entrevista, o presidente da Argentina, Alberto Fernández, afirmou que o Brasil representa um risco muito grande para a América do Sul por causa da epidemia de Covid-19.
A Argentina tem 363 mortos pelo vírus e fica atrás do Chile,que tem 394 mortos. Já a Bolívia tem 164 mortes. O Uruguai tem apenas 19 mortes, enquanto o Paraguai tem apenas 11 óbitos contabilizados. Por fim, Venezuela e Guiana tem 10 óbitos cada, já Suriname e Guiana Francesa registraram uma morte.

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