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Corpo Musical da PM faz 156 anos ao som de camerata

10/04/2013 21h33 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Corpo Musical da PM faz 156 anos ao som de camerata

Não podia faltar ritmo, harmonia e melodia na comemoração do aniversário de 156 anos do Corpo Musical da Polícia Militar, ocorrida na manhã de segunda-feira (8), na Água Fria, zona norte da Capital. A Camerata do Corpo Musical e a Banda Regimental de Santos arrancaram aplausos e pedidos de bis durante a homenagem a “eternos” ex-comandantes da instituição e entrega de láureas e medalhas a oficiais e praças na Academia de Policia Militar do Barro Branco.

 

O Corpo Musical “é a mais antiga unidade da Polícia Militar”, destacou seu comandante, major Renato Maximiano da Silva, falando para uma platéia de policiais músicos, entre eles muitos “veteranos” aposentados, e seus “padrinhos” e “madrinhas”. Na mesa de honra, vários “eternos” ex-comandantes da corporação- os tenentes-coronéis João Antão Fernandes, Antonio Domingues, Rodolfo Antonio Cosignani, major Jonas Vicente de Oliveira – e o representante da Diretoria de Ensino da PM, capitão Rogério Alexandre da Silva, além de convidados especiais.

Criada em 7 de abril de 1857, com apenas dezessete soldados músicos e um sargento regente, a banda cresceu ao longo dos anos e se apresentou em numerosos comemorações cívico-históricas, como a inauguração em São Paulo do Viaduto do Chá (1892), Avenida Paulista (1891) e o Teatro Municipal (1911).

Até o imperador Dom Pedro II gostou de ouvir os músicos policiais em 1886, quando veio a São Paulo. O monarca ficou tão impressionado fez questão de levar a banda para acompanhá-lo pela visita a algumas cidades do interior paulista. Em 1906, o Corpo Musical passou a participar dasinstruções da Missão Militar Francesa, que veio a São Paulo para orientar a então Força Pública. A banda incorporou um modelo francês, de marchas e dobrados, posicionamento e continências, que ainda continua seguindo.

 

Apresentações

A “vocação” de levar entretenimento ao público continuou e se expandiu, diz seu comandante. Atualmente, as “solicitações” de apresentações do Corpo Musical chegam a duas por dias e cerca de 700 por ano. Aniversários de cidades e batalhões, cerimônias nos poderes legislativo, judiciário e executivo, casamentos, formaturas, entrega de viaturas, cerimônias cívicas e militares e festividades em escolas e outros eventos festivos.

Para atender essa demanda de “solicitações” musicais, o Corpo Musical é composto atualmente por uma Banda Sinfônica, com 54 instrumentistas de sopro, percussão e contrabaixo; duas bandas menores (seções de banda), cada uma com vinte músicos; um coral masculino; uma Camerata de cordas, com nove integrantes; e o grupo Jazz Band, formado com músicos da Banda Sinfônica.

Existem ainda várias bandas menores no interior, todas subordinadas ao Corpo Musical, em batalhões de Osasco, Mogi das Cruzes, São José dos Campos, Santos, Araraquara, Ribeirão Preto, Bauru, Marília, Presidente Prudente, Araçatuba, Sorocaba, Campinas, São José do Rio Preto e outras cidades. No total, são cerca de 160 músicos.

 

Reforma

Os policiais dividem seu tempo com policiamento ostensivo, feito de segunda a sexta-feira, na região central de São Paulo, e ensaios musicais, realizados provisoriamente nas instalações da Academia de Polícia Militar do Barro Branco. A sede permanente, localizada na Rua Jorge Miranda, Luz, de frente para a Capela Militar e ao lado do 2º Batalhão de Choque, passa por uma “grande reforma”, diz o major Renato Maximiano.

O auditório receberá um “tratamento acústico” especial para melhorar a qualidade das performances musicais, que serão feitas para o “público interno e externo”. A previsão é que a reforma seja concluída até dezembro.

O major Maximiano revela que já foram encaminhados dois projetos de tombamento ao Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) – um propõe o tombamento da sede no bairro da Luz e o outro, do próprio Corpo Musical, como valor histórico e artístico.

Para fazer parte do Corpo Musical, o policial militar já deve ter formação musical e se submeter a um teste. Se for aprovado, será transferido para aquela unidade, onde passará a ensaiar regularmente e participará de cursos de aperfeiçoamento. Os instrumentos são cedidos pela instituição, que ganha um presente especial no seu aniversário de 156 anos, completados domingo (7).

 

“Presente” de aniversário

O “presente” de aniversário que o Corpo Musical ganhou é o sonho de consumo de todo músico – instrumentos de nível profissional, que chegam em três lotes, todos importados. São clarinetes, trombones, clarones, trompetes, sax e outros, totalizando cerca de 100 unidades. O primeiro lote já chegou e está sendo distribuído.

O orgulho de tocar num instrumento novo de primeira linha é visível na fisionomia dos policiais músicos, que não desafinam e não perdem o ritmo nem nos momentos de descontração durante os ensaios semanais. Na cerimônia de aniversário foram entregues quinze láureas de mérito pessoal e cinco medalhas de valor militar, em cinco graus de distinção, a oficiais e praças músicos.

Os músicos militares não poderiam de deixar de animar sua própria festa, o que foi feito pela sua Camerata de cordas, que executou a Canção do Corpo Musical, e pela Banda Regimental de Santos durante a entrega das láureas e medalhas feita pelos padrinhos e madrinhas dos agraciados.

Sob a regência do subtenente Roberto Serino da Cruz, a Banda Regimental de Santos, com doze instrumentistas e três percussionistas, fez a platéia vibrar, aplaudir em pé e pedir bis, com músicas populares como Entra na Minha Casa e Na Moral. Os instrumentos de madeira e metal, ritmados pela percussão de um bumbo, um pandeiro e uma caixa, fizeram a sinfonia perfeita com a batuta do regente Serino.

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