Estudantes e movimento negro pedem cotas na USP
Em São Paulo, estudantes da Universidade de São Paulo (USP) e membros do movimento negro protestaram nesta terça-feira, 2, em favor da adoção de cotas nas vagas da universidade para pretos, pardos e indígenas. O grupo fez um ato em frente ao prédio da administração da universidade onde o Conselho Universitário (CO) decidiu aprovar a implementação de novas medidas de inclusão social no vestibular da instituição.
O Conselho Universitário (CO) da USP aprovou no mesmo dia a meta, para ser atingida até 2018, de que 50% das vagas de seus cursos, em cada turno, sejam preenchidas por alunos que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas.
Dos 50% oriundos de escolas estaduais, o percentual de pretos, pardos e indígenas deverá atingir o percentual verificado pelo último censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As medidas já valem para o próximo vestibular. Até agora, o grupo não tinha bônus para o ingresso na universidade.
Assim, o aluno negro, pardo e indígena que tiver cursado integralmente o ensino fundamental na rede pública e o segundo e terceiro anos do ensino médio em escolas públicas pode chegar a ter até 25% de sua nota do vestibular aumentada pelos bônus recebidos, a depender do seu desempenho na prova.
Em contrapartida a proposta da USP, o movimento negro propôs um projeto de lei à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo que prevê cotas para as vagas da universidade: 25% para população que se declara negra, parda e indígena; 20% para oriundos da escola pública; e 5% para pessoas com alguma deficiência.