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Justiça indefere pedido de prisão de jovem acusada de jogar recém-nascido do 2º andar de prédio no Litoral Paulista

22/06/2020 11h38 - Atualizado há 4 anos Publicado por: Redação
Justiça indefere pedido de prisão de jovem acusada de jogar recém-nascido do 2º andar de prédio no Litoral Paulista Foto: Reprodução / Praia Grande Mil Grau

Acusada estava internada após o crime, e ao receber alta médica, foi colocada em liberdade

Ao ter o pedido de prisão preventiva indeferido pela Justiça, a jovem de 20 anos, acusada de jogar um bebê recém-nascido vivo do 2º andar de um prédio em Praia Grande, foi colocada em liberdade no litoral do Estado de São Paulo.

Após a constatação do óbito da criança, a mãe chegou a ser internada no Hospital Irmã Dulce, e ao receber alta médica, ao invés de ser recolhida para uma carceragem, acabou indo para a rua e segue livre.

Segundo consta, a delegada de polícia titular da DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) de Praia Grande (SP), Lyvia Bonella, representou junto à Justiça pela decretação da prisão preventiva da acusada, porém, tal medida não foi acatada judicialmente, e possibilitou a chance da indiciada responder fora do sistema penitenciário.

Ainda de acordo com a autoridade policial, a jovem responderá por infanticídio (crime contra a vida de crianças), mas deverá ser submetida a avaliação psiquiátrica, que deverão apontar se, no momento do crime, a acusada estava em puerpério, estado alterado de ânimo pós-parto, onde se caso as intervenções realizadas apontarem estado perfeito de consciência da acusada, a mesma pode responder pelo crime de homicídio, com base no artigo 121 do Código Penal Brasileiro. “O exame já foi requisitado, e se caso o resultado comprovar que ela estava sob estado puerperal, ela fica no infanticídio, que a pena é menos grave que o homicídio”, explica a delegada de polícia.

Em suas versões prestadas de acordo com a Polícia Civil, a jovem afirmou ser mãe de uma outra criança de um ano e quatro meses, e não sabia da gravidez recente, onde no momento do parto, a jovem realizou os procedimentos sozinha no banheiro do apartamento em que reside na Praia Grande (SP), localizado no bairro Vila Caiçara, afirmando ainda que teria medo da reação da mãe, quando estava acompanhando o nascimento da criança. Tais versões, também foram acompanhadas por um defensor público, do Ministério Público do Estado de São Paulo.

A mãe da jovem acusada, afirmou que no momento em que a mesma estaria no banheiro, por volta das 07h da manhã do dia 18 de junho, quinta-feira passada, data em que ocorreu o crime, a mesma ouviu por gritos desferidos pela filha, porém imaginou que a mesma estaria brigando com o filho de um ano e quatro meses de idade.

Em trabalhos periciais realizados pela Polícia Técnico-Científica, imagens de câmeras de segurança do prédio onde ocorreu o fato foram coletadas pelo Instituto de Criminalística (IC), e apontam o exato momento em que a acusada, que responderá em liberdade, arrasta um saco plástico de lixo, com o corpo do recém-nascido no interior. A ação de acordo com a Polícia Civil, durou aproximadamente 30 minutos, começando pelo momento da queda da criança, ateada do 2º andar, onde na sequência a jovem vai até onde o recém-nascido caiu, e após colocar em um saco de lixo arrasta o mesmo pelo corredor até o elevador, depositando na sequência em uma lixeira do prédio. Exames de necropsia realizados junto a criança, apontaram que a mesma nasceu com vida, e morreu por asfixia, e não devido à queda. Os laudos pericias deverão apontar se a asfixia foi decorrente ao fato do bebê estar dentro do saco de lixo, devido ao mesmo não possuir marcas em seu pescoço.

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