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Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, vê ‘epidemia’ de mortes no trânsito

05/11/2011 11h14 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, vê ‘epidemia’ de mortes no trânsito

Dados divulgados nesta sexta-feira pelo Ministério da Saúde mostram que o número de mortes no trânsito passou de 37.594, em 2009, para 40.610, em 2010, um aumento de 8%. Os acidentes envolvendo motocicletas foram responsáveis por 25% do total, com 10.134 registros. Em 2009, as motos já respondiam por esse percentual de acidentes.

“Os números revelam que o país vive uma verdadeira epidemia de lesões e mortes no trânsito. Estamos atrás apenas de Índia, China, Estados Unidos e Rússia”, disse o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, em nota divulgada pelo ministério.

Por região, o Sudeste apresenta os piores indicadores: 14.214 mortes, que representam 35% do total. Em seguida, vêm o Nordeste, 11.233 (27,5%); o Sul, 7.548 (18,5%); o Centro-Oeste, 4.275 (10,5%); e o Norte, 3.340 (8,8%). Por estados, as rodovias, avenidas e ruas de São Paulo registraram o maior número de mortes em 2010: 7.160 ocorrências. Em seguida aparecem: Minas Gerais (3.674); Paraná (3.410); Rio de Janeiro (2.299); Rio Grande do Sul (2.276); e Bahia (2.245).

Em quatro desses estados – São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Bahia – aumentou o número de mortes na comparação com 2009. No Rio, houve uma pequena queda, de apenas 38 mortes, em 2010. Em 2009, o estado registrou 2.337 óbitos.

No material divulgado pelo Ministério da Saúde, Alexandre Padilha afirmou que houve redução de até 30% nas regiões que tiveram ações mais eficazes de fiscalização. Mas quase não houve registro de reduções de 2009 para 2010 e mesmo na comparação de outros períodos com o ano passado. Nas cinco regiões, o número de mortes aumentou. E, nos 27 estados, apenas três – Rio de Janeiro, Minas Gerais e Santa Catarina – registraram queda nas mortes e com índices bem inferiores a 30%.

A estatística de acidentes envolvendo motocicletas é mais dramática. Em 2002, as mortes com esse tipo de veículo representavam 11,5% do total. Em 2010, passaram a somar 25%. Os acidentes subiram de 3.744, há nove anos, para 10.134 ano passado. No caso das motos, o Nordeste, com 3.394 mortos, supera o Sudeste, que registrou 2.948 óbitos em 2010. Na sequência, aparecem: Sul (1.692); Centro-Oeste (1.245); e Norte (855). Os óbitos ocasionados por ocorrências com motos mais que triplicaram no Sudeste. Em 2002, foram registrados 940 casos. Um crescimento de 214%.

Acidentes com motos continuam aumentando – Mas, por estado, São Paulo está na frente nessa contabilidade trágica, com 1.518 mortes resultantes de acidentes com motos. Em seguida, aparecem: Paraná (759); Ceará (683); Minas Gerais (615); e Pernambuco (597). Os acidentes com moto preocupam o ministro, que já faz referência a números de 2011.

“Os números do primeiro semestre deste ano apontam que são 72,4 mil internações de vítimas de acidentes de trânsito. Desse total, 35,7 mil são vítimas de motos, o que representa quase 50%. A proporção continua subindo” – afirmou Padilha, na nota.

O balanço do Ministério da Saúde ocorre após a repercussão de uma decisão de uma turma do Supremo Tribunal Federal (STF) que entendeu que o motorista que for flagrado bêbado ao volante numa simples blitz, independentemente de ter provocado algum acidente, está cometendo um crime. Padilha aprovou a decisão do STF.

“Esse é um grande avanço e certamente vai contribuir para a redução das tristes estatísticas no trânsito, principalmente em um momento em que o país vive essa epidemia de lesões e mortes por acidentes. A decisão do Supremo fortalece a posição do Ministério da Saúde em apoiar uma fiscalização mais rigorosa.”

Em relação ao crescimento de acidentes com motocicletas, o ministro defendeu mais rigor na lei, como a apresentação da carteira de motorista no momento da compra.

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