País deve ficar em último em prova internacional, diz Weintraub
O
ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou que o Brasil
deverá ficar em último lugar na América Latina no Programa
Internacional de Avaliação de estudantes (Pisa), um exame feito com
base amostral entre estudantes de 15 anos. Coordenada pela
Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE),
a avaliação terá seu resultado divulgado em dezembro.
Ele
disse que resultados ruins já podem ser atribuídos a gestões
anteriores, com “abordagens esquerdistas”. Questionado se
estava adiantando os dados, Weintraub foi vago. “Tem uma grande
probabilidade de a gente está figurando lá no fundo, nas últimas
posições”, disse. “Estou supondo com base em números
robustos.”
Durante evento no Palácio do Planalto, o
ministro afirmou que a meta é conseguir colocar o Brasil em primeiro
lugar na América Latina nesse ranking. Mas conta para isso com um
eventual segundo mandato do presidente Jair Bolsonaro. “Não sou
eu só quem vou fazer. Um monte de profissionais que não tinham
espaço antes, estão substituindo os ‘experts'”, completou.
Na
última edição do Pisa, de 2015, o Brasil já ficou entre os piores
entre as nações avaliadas, mas não estava na lanterna. A República
Dominicana teve resultados piores nas três competências avaliadas
(Leitura, Matemática e Ciências) e o Peru, em duas delas (Leitura e
Ciência). Na frente do Brasil estavam Colômbia, Chile, México e
Uruguai.
Conexão
–
A fala ocorreu quando a equipe do MEC anunciava mais uma etapa do
Educação Conectada, um programa criado na gestão do governo de
Michel Temer para conectar escolas públicas com internet. Nesta
fase, 32 mil instituições vão ganhar conexão em 2020.
Os
recursos serão repassados diretamente para as instituições. A
expectativa é de que o projeto como um todo tenha um investimento de
R$ 224 milhões em 2020. A meta é de que 70 mil escolas sejam
atendidas.