País já registrou 710 mortes por dengue este ano, 256 em SP
Foram
registradas, até o dia 2 de novembro, 710 mortes por dengue este ano
no Brasil, conforme novo boletim divulgado pelo Ministério da Saúde.
O número é 5,4 vezes maior que as 132 mortes registradas no mesmo
período do ano passado. Outros 371 óbitos estão em investigação.
O Estado de São Paulo já teve confirmados 256 óbitos este ano,
segundo a pasta – no mesmo período de 2018, tinham sido apenas 6
mortes.
No País, no período, houve notificação de 1,5 milhão
de casos prováveis de dengue, o que representa 716 casos a cada 100
mil habitantes. No ano passado, eram 223,9 mil casos – 107,4 por 100
mil. Em São Paulo, este ano, foram 442,2 mil, coeficiente de 963,1
casos por 100 mil moradores. No mesmo período de 2018, eram 15,2 mil
casos – 33,5 por 100 mil habitantes.
Em 20 dias, desde o último
levantamento, foram notificados 15,2 mil novos casos e 21 mortes por
dengue no País, o que levou o Ministério da Saúde a fazer um apelo
à população para continuar, de forma permanente, a mobilização
contra o mosquito Aedes aegypti, que também transmite a chikungunya
e a zika. “O período de verão é o mais propício à
proliferação do mosquito por causa das chuvas e, consequentemente,
é a época de maior risco de infecção. No entanto, a recomendação
é não descuidar nenhum dia do ano e manter todas as posturas
possíveis em ação para prevenir os focos”, informou.
Conforme
a pasta, mesmo no período do inverno, quando a curva de incidência
no País retorna ao canal endêmico, observou-se um discreto aumento
nos casos prováveis de dengue, quando se esperava uma redução.
Essa tendência atingiu também o Sudeste, incluindo o Estado de São
Paulo, onde o inverno registrou temperaturas acima da média. Em
municípios paulistas, foram confirmadas nove mortes por dengue nas
últimas semanas. O Estado registrou forte avanço do sorotipo 2 da
doença, em regiões onde não circulava há anos.
A cidade de
São José do Rio Preto lidera o ranking paulista da dengue, com 32,6
mil casos confirmados e 19 mortes. Em letalidade, a liderança é de
Bauru, que registrou 26 mil casos e 32 mortes. O Estado de São
Paulo, no entanto, não registra mortes por chikungunya e zika este
ano. No País, a chikungunya matou 81 pessoas este ano – outros 51
óbitos estão em investigação. A zika causou a morte de três
pessoas, todas no Estado de Paraíba.