Professores de SP participam de formação sobre enfrentamento à violência sexual
O Instituto Liberta, que atua no enfrentamento da exploração sexual
de crianças e adolescentes, lançou um edital e uma cartilha para
professores da rede estadual de São Paulo, abrangendo uma formação
presencial para 150 docentes da capital e 100 bolsas, com o valor de
R$ 1 mil, para o desenvolvimento do projeto de comunicação dos
alunos.
O lançamento aconteceu na sede da Secretaria da
Educação, em 26 de novembro, durante um seminário para professores
e estudantes. A iniciativa faz parte do programa “Tá Na Hora”,
uma rede de oficinas dedicadas aos jovens do Ensino Médio de escolas
estaduais.
Por meio dessas oficinas, os estudantes são
convidados a participar de uma imersão sobre a violência e
exploração sexual e, no fim do processo, criar e colocar em prática
uma campanha de conscientização para impactar as comunidades.
A
ação inclui uma cartilha e um edital para incentivar outras escolas
a implementarem o programa. “Essa cartilha nasce da crença de que
todo educador é um potencial mobilizador e que muitos poderão ter o
desejo de trabalhar o assunto com os alunos. Dessa forma,
conseguiremos dar escala ao programa”, explica Luciana Temer,
presidente do Liberta, que participou do evento.
Encontros –
Além do “Tá Na Hora”, o Instituto Liberta também promove o
“Papo Liberta”, direcionado para professores. Lançado em
fevereiro de 2018, o projeto é liderado por Cristina Cordeiro,
diretora-adjunta do Instituto, que promoveu mais de 180 encontros com
coordenadores, supervisores de ensino, técnicos-pedagógicos,
vice-diretores, professores da Escola da Família e professores
mediadores de conflitos em 91 diretorias de ensino do Estado desde
então.
O objetivo é capacitar e ajudar os profissionais a
identificar casos de exploração sexual de crianças e adolescentes
e orientá-los a agir de forma integrada com a rede protetiva
(assistência social, saúde e conselho tutelar, entre outros) no
combate ao problema.
“Ações afirmativas assim são
fundamentais para um futuro inclusivo e com mais respeito ao próximo.
Acreditamos muito na conscientização e articulação como
estratégias fundamentais para enfrentar a questão”, enfatiza o
secretário-executivo da Educação, Haroldo Rocha.
No fim dos
encontros, o Liberta lançou um desafio para os profissionais da
educação estadual de São Paulo: elaborar projetos que
fortalecessem o enfrentamento da violência sexual a partir do
envolvimento da escola com a rede de proteção. Os projetos
avaliados com maior potencial de transformação foram escolhidos
para uma apresentação na Universidade de Columbia (NY), parceira do
instituto.