Refugiados no Brasil divulgam experiências empreendedoras
Acnur mostra história de estrangeiros que abriram negócios no país
O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados
(Acnur) está divulgando experiências empreendedoras de pessoas que emigraram
para o Brasil e são reconhecidas pelo Estado brasileiro como refugiados em
razão de exílio forçado por razões políticas, conflitos bélicos, perseguição
étnica ou de subsistência.
A agência da ONU lançou nesta última quarta-feira (1º) a página na internet
“Refugiados Empreendedores”, com casos de estrangeiros que estão criando
negócios no Brasil e assim gerando renda, contribuindo para a inserção das
comunidades e da economia local.
A cada semana, cinco experiências de sucesso serão relatadas, inclusive no
contexto de desaceleração de atividades econômicas por causa da pandemia
provocada pelo contágio do novo coronavírus. Nesta semana está na página do
Acnur e nas redes sociais iniciativas no segmento de gastronomia na cidade de
São Paulo. Para conhecer as experiência em detalhe e estabelecer contato,
também está disponível o e-mail: [email protected] .
“As pessoas refugiadas já passaram por situações adversas em suas vidas.
Tiveram que deixar seu país de origem por conta de guerras e perseguições,
buscaram proteção internacional no Brasil e em outros países e, com esta
pandemia, mostram-se uma vez mais resilientes e compromissados em seguir se adaptando
às situações, reativando a economia local”, explica o representante do Acnur no
Brasil, José Egas, em material encaminhado à imprensa.
Em parceria com instituições e organizações não governamentais, a agência da
ONU promoveu capacitação técnica para implantação de negócios, comportamento de
consumidores e tendências de mercado.
O relatório “Refúgio em Números”, do Comitê Nacional para os Refugiados
(Conare), contabiliza que em 2018 (último ano atualizado), o Brasil reconheceu
1.086 estrangeiros na condição de refugiado, pessoas de diversas
nacionalidades. O país então somou o acolhimento de 11.231 pessoas reconhecidas
como refugiadas.