20 de Abril de 2024

Dólar

Euro

Brasil

Jornal Primeira Página > Notícias > Brasil > Relatório Mundial revela preocupação de novas drogas

Relatório Mundial revela preocupação de novas drogas

02/07/2013 22h06 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Relatório Mundial revela preocupação de novas drogas

No último dia 26 de junho, o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) divulgou em Viena, Áustria, o Relatório Mundial sobre Drogas 2013. O documento aponta uma estabilidade em nível mundial no uso de drogas tradicionais, enquanto traz como principais desafios para os próximos anos com as Novas Substâncias Psicoativas (NSP), que tiveram aumentou mais de 50% entre os anos de 2009 e 2012. 

 

O Brasil registrou o surgimento de três tipos dessas substâncias em seu mercado, informa o relatório. O documento acrescenta que o consumo no país de substâncias à base de plantas, metanfetaminas, medicamentos com propriedades analgésicas e anestésicas, tomadas em doses elevadas, tem efeito alucinógeno.

De acordo com o coordenador do Setor de Adultos do Programa de Orientação e Atendimento a Dependentes (PROAD), do Departamento de Psiquiatria da Escola Paulista de Medicina – Universidade Federal de São Paulo, Thiago Marques Fidalgo, este é um problema alarmante, pois apesar de serem consideradas lícitas, as NSP não passam por testes de segurança e podem ser muito mais perigosas do que as drogas tradicionais.

“As características do produto, entre elas o apelido simpático que ganha nas ruas, como Sais de Banho, Crystal e Krokodyl por exemplo, mascaram os perigos dessa droga, e levam os jovens a acreditar em uma diversão de baixo risco, o que não é verdade”, comenta o especialista.

Segundo o relatório, o número de NSP comunicadas pelos Estados-Membros para o UNODC subiu de 166 no final de 2009 para 251 em meados de 2012, um aumento de mais de 50%. Pela primeira vez, o número de NSP excedeu o índice total de substâncias sob o controle internacional, 234. 

“Essa proliferação deve-se muito aos efeitos da substância no corpo humano, que apresenta um alto potencial viciante se comparado às drogas mais comuns”, opina Fidalgo.

 Entre os resultados apresentados pelo estudo, também é destaque o aumento substancial do uso da cocaína no Brasil, enquanto muitos países sul-americanos registraram diminuição ou estabilidade.

“É inegável que nosso país possui diversas vulnerabilidades, como a vasta área de fronteira com as principais nações produtoras, costume da população com drogas em pó, além do extenso litoral que proporciona o tráfico para a África e Europa, por exemplo, o que faz do país não só um destino da mercadoria, mas também uma área de trânsito”, explica o especialista.

Ele ainda comenta que para enfrentar a questão é preciso combater o tráfico, além de realizar um trabalho multidisciplinar com os dependentes, fazendo todo o acompanhamento para evitar recaídas, além de ações de prevenção, principalmente com a população mais jovem.

 

Recomendamos para você

Comentários

Assinar
Notificar de
guest
0 Comentários
Comentários em linha
Exibir todos os comentários
0
Queremos sua opinião! Deixe um comentário.x