São Paulo reduz número de mortes no trânsito
Segundo o Infosiga-SP, entre janeiro e março deste ano foram contabilizadas 1.205 fatalidades no trânsito no Estado de São Paulo, contra 1.212 no ano passado (-0,6%). Em março, foram registradas 429 ocorrências, uma queda de 4% na comparação com o mesmo mês de 2018. Na capital, porém, o cenário é diferente. Foram 416 casos no primeiro trimestre de 2019, um aumento de 3% nas mortes na comparação com o mesmo período do ano passado.
Os aumentos mais significativos de fatalidades aconteceram nas regiões de Barretos (+42%) e Araçatuba (+37%). Em contrapartida, as regiões de Itapeva (-30%), Ribeirão Preto (-26%) e Franca (-25%) foram as que mais apresentaram redução.
As principais causas desse tipo de fatalidade estão ligadas à imprudência, desatenção e desobediência às leis de trânsito, além de fatores como excesso de velocidade, distrações com o celular, ultrapassagem irregular, avanço do sinal vermelho e embriaguez. Ainda segundo o Infosiga, o perfil da vítima de acidente no estado é homem (80,7%) e condutor do veículo (57,9%), e cerca de um quarto dos casos (26,6%) envolve jovens com idade entre 18 e 29 anos. Os acidentes estão concentrados no período da noite (49%) e nos finais de semana (48,5%).
Embora as mortes por acidentes de trânsito estejam em queda, o país ainda tem bastante trabalho pela frente para garantir a continuidade da redução. Segundo a ONU, por ano, os acidentes no trânsito causam 1,35 milhão de mortes em todo o mundo — mais da metade desses óbitos são de usuários vulneráveis das vias, como pedestres, ciclistas e motociclistas. Além disso, os acidentes no trânsito ferem de 20 a 50 milhões de pessoas a cada ano.
De acordo com a especialista em simuladores de direção e diretora da ProSimulador, Sheila Borges, “além do aumento da fiscalização, o uso da tecnologia para a educação é o melhor caminho para a diminuição de acidentes. Paralelamente a isso, é fundamental que haja um calendário de campanhas e ações efetivas de conscientização”, sugere.
A especialista acrescenta que uma mudança positiva é a utilização dos simuladores para a formação de condutores. Uma das vantagens da ferramenta é mostrar os riscos do trânsito sem colocar os aprendizes em risco. “Com o uso dos simuladores, o aluno estará mais preparado para dirigir nas vias, impactando na redução de acidentes. O simulador pode, por exemplo, reproduzir aulas em período chuvoso e com neblina, com excesso de veículos ou pedestres, e condições de risco variadas, como alta velocidade e direção sob efeito de bebidas alcoólicas”, conclui Sheila.