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SP produzirá 2 remédios contra rejeição de transplantes para distribuição no SUS

03/12/2012 12h07 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
SP produzirá 2 remédios contra rejeição de transplantes para distribuição no SUS

A Fundação para o Remédio Popular (Furp), laboratório farmacêutico oficial do governo do Estado de São Paulo, vinculado à Secretaria de Estado da Saúde, irá produzir dois medicamentos para tratamento de pacientes submetidos a transplantes com distribuição gratuita pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

 

Por meio de parceria com a Novartis, haverá transferência de tecnologia para que a Furp possa fabricar os remédios, beneficiando aproximadamente 28 mil pacientes brasileiros que hoje fazem uso de Micofenolato de Sódio e Everolimo, dois dos medicamentos mais utilizados para evitar a rejeição de rins e coração transplantados.

A expectativa, no entanto, é que novos pacientes sejam beneficiados a cada ano, especialmente no Estado de São Paulo, que responde por cerca de 50% dos transplantes de órgãos realizados no Brasil. De janeiro a setembro deste ano foram realizados 1.026 de rim e 60 de coração no Estado.

Segundo o médico Flávio Vormittag, superintendente da Furp, com a produção pelo laboratório oficial do governo do Estado o país deverá se tornar, em poucos anos, autossuficiente na produção dos dois medicamentos, o que representará economia para os cofres públicos.

“A Furp é hoje o maior fabricante público de remédios do Brasil. Por isso ocupa posição estratégica nas políticas públicas de saúde, e esta parceria será uma grande oportunidade de produzirmos medicamentos de alta tecnologia, o que inegavelmente traz muitos benefícios para a população”, explica Flávio.

Segundo o diretor industrial da Furp, Adivar Cristina, esse foi o passo inicial para a Fundação alcançar um novo patamar tecnológico. “Esta associação é muito importante, pois daremos início a produção de medicamentos de alta complexidade”, explica.

A parceria tem duração prevista de três a cinco anos, tempo para que a transferência da tecnologia esteja finalizada. O acordo ainda prevê a inclusão da transferência de tecnologia para uma variação do Everolimo adequada para o tratamento de três tipos de tumores: neuroendócrino, tumor cerebral infantil SEGA e câncer renal.

O início do processo de operação e transferência de tecnologia se dará a partir de 2013 e já em 2014 os primeiros lotes dos medicamentos poderão ser fornecidos ao Ministério da Saúde para distribuição à população.

O Ministério necessita atualmente de 259,8 mil unidades de Everolimo por ano, além de 28,8 milhões de comprimidos de micofenolato de sódio.

 

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