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Taques admite concorrer como “perdedor” e defende lisura

01/02/2013 16h03 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Taques admite concorrer como “perdedor” e defende lisura

Em duro discurso na tribuna para defender a candidatura à presidência do Senado, Pedro Taques (PDT-MT) admitiu concorrer como “perdedor”, mesmo antes da eleição, mas afirmou que lisura e austeridade são qualidades “inegociáveis”, referindo-se indiretamente a denúncias que recaem sobre seu adversário, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), favorito na disputa.

 

Apoiado por partidos da oposição, como PSDB e DEM, mas também pelo PSB, da base aliada, e governistas insatisfeitos com o outro candidato, Taques reconheceu que sua derrota será “certeira, transparente, inevitável, aritmética”, mas a sociedade brasileira “clama” por justiça.

“É como um perdedor que ocupo hoje esta tribuna”, disse o senador ao iniciar seu discurso. Posso ser um perdedor, mas para mim, a lisura, a transparência, o comportamento austero são predicados inegociáveis de um presidente do Senado”.

“Será que os vencedores também poderão dizê-lo?”, afirmou.

Seu adversário, indicado pela bancada do PMDB, a maior da Casa, tem sido alvo de denúncias segundo as quais teria apresentado notas frias, em 2007, para justificar sua renda após suspeitas sobre pagamento de pensão por um lobista de uma empreiteira a uma amante com quem o senador teve uma filha.

Na sexta-feira passada, a Procuradoria-Geral da República ofereceu denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o suposto uso de notas frias.

Em seu discurso a senadores, Taques defendeu ainda a independência do Legislativo em relação a outros poderes, e criticou o número de medidas provisórias enviadas pelo Executivo ao Congresso, uma reclamação antiga de senadores.

“Esta Casa não é um apêndice, um ‘puxadinho’ do Poder Executivo”, alfinetou.

Em outra clara referência a seu adversário, embora tenha manifestado respeito “pessoal” a Renan Calheiros, Taques defendeu ainda “que o passado não precisa necessariamente voltar” e defendeu uma renovação na maneira de fazer política.

“Eu não temo o próprio passado e, portanto, não tenho medo do futuro”, disse.

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