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82,3% dos acidentes de trânsito envolveram motos

05/03/2012 17h58 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
82,3% dos acidentes de trânsito envolveram motos

Dados divulgados pela Polícia Militar de São Carlos apontam que, somente nos meses de janeiro e fevereiro, foram registrados 176 acidentes de trânsito na área urbana. Destes, 82,3% envolveram motocicletas, ou seja, o equivalente a145 ocorrências.

As estatísticas, segundo registros do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), indicam que a frota de motocicletas na cidade em março de 2011 era de 22.879. Neste ano, o número subiu para 24.297, o que representa um aumento de 6% na quantidade deste tipo de veículo.

De acordo com José Bernardes Felex, especialista em trânsito, esse aumento se deve à compra facilitada pelos financiamentos e às propagandas subliminares veiculadas por redes de televisão para que se use o veículo. “Não é ser contra ou a favor das motocicletas. Mas é um meio de transporte cada vez mais perigoso que está sendo colocado nas ruas, porém não há segurança necessária para aqueles que o conduzem. Hoje, ter uma moto para o jovem é um status como era ter um carro no século passado. Muitos compram a moto não para ter uma condução apenas, mas porque querem adrenalina. Ultrapassam pela direita e onde não devem, costuram entre faixas e não respeitam as velocidades da via”, afirma.

Felex é categórico quanto ao que deveria ser feito para diminuir o índice de acidentes envolvendo motocicletas: “Educação, educação, educação”, declara. Segundo ele, é necessário educação do motociclista, especialmente para que ele crie consciência do quão arriscado é pilotar o veículo. “É fundamental aprender a respeitar os outros, sejam outros motociclistas, pedestres ou motoristas. Além disso, é essencial o bom senso no trânsito, porque respeitar a lei somente não adianta, já que o Código de Trânsito contém erros e não coloca a motocicleta como veículo igual aos outros. Eu gostaria de saber se alguma autoridade pública teria coragem e vontade de encarar o jogo político e implorar ao motociclista para que ele valorize sua vida”, questiona o especialista.

Para Rafael Polinni, motociclista há mais de 15 anos, uma possível solução para a redução do índice de acidentes envolvendo motos seria um maior cuidado dos motoristas em relação aos motoqueiros e vice-versa. “Muitos não dão setas, não olham no retrovisor, atravessam o cruzamento sem olhar direito. Da nossa parte, acho que falta um pouco de prudência no trânsito. Muitos motoboys não têm preparo e acham que sair dirigindo rápido é sinal de agilidade e eficiência. Na verdade, a agilidade está em saber levar o documento e conduzir corretamente”, opina.

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