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Altomani pede paciência aos médicos da Santa Casa

25/06/2015 08h07 - Atualizado há 9 anos Publicado por: Redação
Altomani pede paciência aos médicos da Santa Casa

O prefeito Paulo Altomani (PSDB) admitiu, nesta quarta-feira (24), atraso no repasse de recursos à Santa Casa de aproximadamente R$ 2 milhões, o que provocou o atraso no pagamento dos médicos plantonistas do hospital.

Pacientes já começam a reclamar dos atrasos nas cirurgias, conforme reportagem do Primeira Página de terça-feira, 23. Ângela Negrão dos Santos de Oliveira, por exemplo, chegou a ser orientada a procurar atendimento em Ribeirão Preto. Ela precisa fazer uma cirurgia no cérebro, mas o neurocirurgião revelou a impossibilidade por conta da falta de pagamento dos profissionais. “O médico explicou que a Santa Casa está a ponto de não aceitar as cirurgias por problemas com a Prefeitura e me aconselhou a ir para outra cidade”, explicou.

Altomani pediu paciência aos médicos. Ele explicou que em dois anos e cinco meses de gestão, a administração pagou R$ 12 milhões em cirurgias eletivas e que o atraso se refere a um único mês. O valor aproximado é de R$ 2 milhões. “Juntamos dinheiro, primeiro, para a folha de pagamento, algo em torno de R$ 15 milhões. Também aguardamos uma devolução da Câmara em R$ 300 mil para o pagamento das cirurgias”, comentou o administrador.

SAQUE – Na terça-feira, 23, a Prefeitura sofreu novo saque do Tesouro Nacional de R$ 1,726 milhão, o que totaliza um desfalque de R$ 64,9 milhões. Altomani comentou que teve uma audiência com a juíza Carla Rister, da 1ª Vara Federal de São Carlos, que solicitou um pronunciamento do Banco do Brasil sobre os bloqueios. “Vivemos uma situação dramática. Não pagamos o lixo e a energia, faz dois meses que está em atraso”, informou.

O prefeito está esperançoso em obter uma liminar para suspender os bloqueios, semelhante ao caso de Campina Grande (PB), onde a Procuradoria Geral do Município conseguiu fazer com que a Justiça mandasse suspender o bloqueio dos recursos que haviam sido resgatados das contas públicas pelo Banco do Brasil, para o pagamento de dívidas de contratos firmados por gestões anteriores.

A decisão de suspender o bloqueio de mais de R$ 700 mil foi do juiz da 4ª Vara Federal da Paraíba, Rogério Roberto Gonçalves de Abreu. Em junho, o município sofreu o desfalque de R$ 1,8 milhão.

Na primeira liberação, o juiz Gustavo de Paiva Gadelha, que respondia na época pela 4ª Vara Federal, determinou que o poder público municipal passasse a repassar para a União o montante equivalente a 1/12 (um doze avos) de 17% da Receita Líquida Real de Campina Grande.

 

 

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