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Alunos de Medicina se alojam na reitoria e estendem jalecos

18/04/2013 11h21 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Alunos de Medicina se alojam na reitoria e estendem jalecos

Nesta quarta-feira, 17, os alunos em greve do curso de Medicina da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) invadiram a reitoria e se alojaram no rol do prédio, a ação tem como objetivo, segundo os mesmos, pressionar a reitoria da instituição sobre a republicação do edital, que ainda precisa passar pela Câmara Municipal para Análise de Impacto Econômico e depois, aprovação do projeto pelos vereadores.

 

De acordo com o estudante do curso, Davi dos Anjos Gomes, está ocorrendo uma lentidão no processo tanto por parte da Prefeitura quanto da Reitoria da UFSCar.

“Estamos há mais de um mês em greve, dizem já terem acordado todas as reivindicações, porém tudo está caminhando devagar e ainda sem as devidas condições de retornarmos as aulas”, comenta o estudante.

No mesmo dia, no período da tarde, ocorreu uma reunião na própria reitoria entre a comissão da reitoria da UFSCar e os alunos em greve alojados. Na ocasião, novamente os temas da greve foram retomados e o posicionamento dos processos reapresentados aos alunos, para que tivessem o conhecimento dos esforços feitos pela instituição para regularizar a situação, mesmo com toda a demora questionada pelos estudantes.

No último dia 5, o secretário municipal de Saúde, Edilson Seraphin Abrantes, junto com o procurador geral do município, Waldomiro Antônio Bueno de Oliveira, apresentou a minuta do instrumento legal concordando com a redução de consultas, de oito para quatro, quando os médicos estiverem atuando como preceptores. Uma reivindicação, pedida há dois meses, pela universidade e estudantes.

Na época, com informações colhidas com o vice-reitor da UFSCar, Adilson de Oliveira, a proposta apresentada pelo secretário de Saúde e o procurador geral era de se empenhar para que a solicitação fosse realizada com urgência especial, logo na próxima sessão, no dia 9 de abril, para apreciação dos vereadores.

Para ser analisado e votado, o projeto deve ser encaminhado na condição de urgência especial, o projeto deve receber o número de votos regimental da Câmara. Caso contrário levará mais tempo para entrar em pauta.

 

FALTA DE INFORMAÇÃO E PROMESSAS – A assessoria de imprensa da Prefeitura não soube informar o andamento do processo, pois já não está sob a responsabilidade da Secretária Municipal de Saúde, porém a demanda foi enviada para o Gabinete do Governo, que também não soube informar nada sobre o processo. Segundo da atendente da repartição, o procurador geral, Waldomiro de Oliveira, responsável também pelo setor jurídico, está afastado por motivo de saúde.

Porém, de acordo com informações passadas pela assessoria de comunicação da UFSCar, em conversas com a reitoria, a Prefeitura Municipal fez o comprometimento de liberar o projeto e encaminhá-lo para que seja protocolado hoje, 18 na Câmara Municipal, para ser votado na próxima terça-feira, 23.

Os alunos em greve já adiantaram que estarão presentes na próxima sessão para verificar se a votação do projeto ocorrerá ou será adiada mais uma vez.

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Estudante
Estudante
11 anos atrás

1) o saguão da reitoria é um espaço público e, assim, não é passível de invasão.
2) ninguém invadiu nada, os alunos não estão dormindo lá. apenas mudaram o local do protesto.

Glória Selegatto
Glória Selegatto
11 anos atrás

Gostaria de esclarecer alguns pontos sobre a reportagem em questão. Sou estudante do quarto ano de Medicina da UFSCar e participante da greve.
A informação de que os alunos “invadiram a reitoria e se alojaram no rol do prédio” é equivocada. Nenhum de nós “ocupou” o prédio como dá a entender pela notícia. Não impedimos a entrada ou saída dos funcionários ou provocamos o mau funcionamento dos serviços. Os alunos estão, como mostra a foto, sentados nas cadeiras do espaço interno da reitoria. No entanto permanecemos ali, um lugar público como se nota, como um ato simbólico e demosntrativo de nossa insatisfação. Ao final do dia de manifestação todas nossas coisas e todos saem do local, sem deixar nenhum patrimônio depredado.
Nossa única intensificação do movimento foi mudar o varal com os jalecos de lugar. Antes, este se localizava na praça em frente à reitoria. Atualmente o colocamos na entrada pricipal do prédio, no limite entre o ambiente externo e o saguão. Antes fazíamos um momento de apitaço nas proximidades da reitoria. Agora o realizamos na parte interna do prédio.
É verdade que estamos há um mês em greve e, de concreto ainda não temos quase nada. Mas a discussão com o secretário de saúde já ocorreu e este aceitou as pautas de reivindicação dos preceptores (médicos da rede que atuam em UBS como nossos professores). A reitoria, na função das pró-reitoras, está (pelo menos nos foi garantido que está) agilizando o processo de confecção do novo edital. Ainda dependemos de uma aprovação da Câmara. Os estudantes compreendem que existe atuação de ambas as partes mas que no entanto o processo se mostra moroso demais.Tanto a UFSCar quanto a prefeitura estão, de certa forma, lentas para resolver o problema. Estamos há mais de 30 dias parados. Isso justifica a pressão e apitaço, mas NÃO numa forma de invasão de reitoria como a notícia pretende divulgar. Não deveríamos nunca ter chegado nesse ponto com um curso com tamanho sucateamento. Esperamos sim que na terça esse projeto seja apresentado e aprovado, e por isso estaremos presentes na Câmara para acompanhar a discussão.
Esperamos que essa notícia não venha a denegrir a imagem dos estudantes além de gerar conflitos desnecessários entre as partes envolvidas (estudantes, Reitoria e Prefeitura).
Portanto gostaria de deixar claro, em nome de todos os estudantes e para toda a população, que nós NÃO estamos alojados na reitoria. Essa ação é descabida no atual momento e a notícia acaba passando uma impressão errada da nossa greve, uma visão de um movimento estudantil radical, exagerado, que usa da força da ocupação de um prédio público para alcançar o objetivo. Isto está errado.
Vamos diariamente a reitoria, fazemos apitaços e nos mantemos lá a maior parte do dia. Isso tem a intenção de mostrar que ainda estamos em greve e que, apesar de estarmos sendo ouvidos pelos órgãos competentes, exigimos maior resolutividade e eficiência na solução dos nossos problemas. E isso se dará através de negociações e movimentos pacíficos e organizados. Como tem sido feito desde o dia 15 de março de 2013.

Raquel
Raquel
10 anos atrás

PARABÉNS, PRIMEIRA PÁGINA PELA MATÉRIA

Dr. Deus
Dr. Deus
11 anos atrás

Se estudante de Medicina fosse Deus, provavelmente já tinha encomendado um milagre ou coisa do tipo pra resolver esse problema….Qto ao seu dinheiro, não sei onde ele está, mas empregado de forma a garantir infraestrutura da Universidade pública garanto que não está!

henrique de oliveira
henrique de oliveira
11 anos atrás

O grande problema é que quando voce esta estudando medicina no BRASIL os estudantes pensam que são Deus , e quando se formam eles se acham Deus.
Só que sem nosso dinheiro essa turma não estaria se quer na faculdade , ou na porta dela.

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