Apagão atinge 3,5 mil domicílios em São Carlos
A queda da energia no início da tarde de ontem em São Carlos deixou 3,5 mil residências e estabelecimentos comerciais sem força por uma hora e 35 minutos. A falha de uma chave que funciona como equipamento de proteção na rede da Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) causou o problema, segundo informações do gerente comercial da empresa, Mauro Forgerini.
Aproximadamente, oito bairros da cidade foram afetados, total o parcialmente, conforme informações da empresa que no período de uma hora e meia conseguiu recompor a energia da cidade priorizando o Centro.
Os dez principais cruzamentos do Centro que possuem semáforos receberam a equipe dos amarelinhos para controlar o tráfego. De acordo com a assessoria da Prefeitura, 15 semáforos foram atingidos pelo apagão e perto de dez agentes de trânsito, conhecidos como Amarelinhos, foram deslocados aos principiais cruzamentos da cidade.
A reportagem do jornal Primeira Página percorreu os estabelecimentos comerciais próximos da Catedral de São Carlos, região predominantemente comercial, com bancos, Fórum e Correios e não havia energia na maioria dos locais, exceto bancos como a agência do Santander, na rua Episcopal, que funcionava à base de gerador.
No Banco do Brasil, próximo da área externa dos 15 caixas eletrônicos, somente dez funcionavam. O atendente que trabalha no setor afirmou que não houve “grandes transtornos” com a falta de energia parcial.
A agência dos Correios trabalhava com energia em meia fase e perto de cinco computadores dos dez da área de atendimento ao público estavam sem funcionar. Os serviços possíveis foram migrados para o atendimento manual.
Manualmente, também trabalhou pelo período o dono das lanchonetes Pão de Queijo Mineiro, Laércio Borges de Almeida. “A loja ao lado do Fórum ficou 100% sem energia, não pude repor salgados porque o forno ficou desligado, como também ficamos servir sucos ou café”, afirmou. A reportagem constatou que a estufa de salgados estava vazia no momento do apagão.
Na avaliação do gerente da CPFL, Mauro Forgerini, a área técnica da empresa não havia identificado, até o final da tarde de ontem, a causa que levou o equipamento a falhar. Forgerini elencou hipóteses como fadiga precoce ou algum raio com uma descarga elétrica ocorrida anteriormente, o que poderia ter aberto uma fissura no equipamento e com as chuvas do final de semana, iniciado o processo que gerou a queima da chave.
VENDAS NO CARTÃO – O supermercado Dia% teve de fechar as portas e barrar perto de 60 clientes durante o período do apagão. De acordo com a gerente Stela Camargo Paglioto, a pane no sistema fez com que a loja ficasse sem a possibilidade de vender com cartão de crédito. Ela também relatou que mesmo os clientes que já estavam na loja acabaram abandonando as compras.
A queda na energia queimou o servidor de internet do supermercado, o que provocou uma perda de sinal de aproximadamente três horas até que o equipamento fosse consertado.
O mesmo problema teve Laércio, do Pão de Queijo Mineiro, que afirmou ter perdido perto de 30% das vendas do dia. “Pelo menos 60% das minhas vendas são no cartão, sem energia fiquei sem vender”, relatou.
