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Apesar de mudanças, EJAs continuam funcionando

16/01/2012 14h51 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Apesar de mudanças, EJAs continuam funcionando

O depoimento fornecido a uma rádio da cidade pela doméstica Ana Santana comoveu muitos ouvintes e despertou, inclusive, a atenção do poder público. Isso porque, segundo ela, a Escola para Jovens e Adultos (EJA) – modalidade de ensino destinada a quem não completou o ensino fundamental e médio na idade adequada por algum motivo – instalada na Escola Municipal de Educação Básica“Natalino Deriggi”, no bairro Cidade Aracy, seria fechada. Ana, portanto, teria que parar de estudar.

No entanto, a secretária municipal de educação de São Carlos, Lourdes de Souza Moraes, esclarece que houve um maentendido. Na verdade, a educação do município está passando por uma reorganização. O novo projeto a ser implantado prevê a construção no centro da cidade de uma escola municipal de educação para jovens e adultos entre 16 e 29 anos. “Chamado ProJovem Urbano, o projeto visa que o aluno termine o ensino fundamental e passe ao ensino médio, mas que, junto a isso, ele também tenha a oportunidade de se profissionalizar. Nós vamos manter as escolas em bairros, dependendo da demanda. Se lá no Aracy nós tivermos demanda para adultos para montar as salas de EJA, nós vamos montar. Não queremos fechar nenhuma sala, pelo contrário, queremos incentivar os adultos a estudar”, explica.

Um dos grandes problemas enfrentados pelas EJAs é o alto índice de evasão de alunos. A secretária afirma que dados coletados pela prefeitura apontam uma evasão de 52% na EMEB “Natalino Deriggi”, por exemplo. “É uma questão de otimização de recursos. Lá nós temos salas de seis alunos apenas, que nós temos que colocar professores de história, geografia, matemática. Eu sou uma gestora da educação e por isso tenho que aplicar bem os recursos da educação. A eficiência do ensino está na hegemonia da turma. Uma sala de quatro alunos, por exemplo, desestimula todo mundo a trabalhar e a estudar”, declara Moraes.

O que deve acontecer, segundo a secretária, é que, dependendo do número de alunos que se matricularem para as EJAs, haverá uma tentativa de centralização do ensino, porém todas as condições de transporte, como o passe escolar e disponibilidade de horários de acordo com as necessidades dos que vivem em bairros mais afastados, serão oferecidas. “A continuidade do estudo para todos aqueles que tiverem interesse está garantida. O problema que enfrentamos na EJA é que a nossa oferta é maior do que a demanda. As matrículas precisam ser efetuadas para sabermos qual será essa demanda, no entanto, elas começam a surgir somente no final de janeiro e, portanto, não há como avaliar a formação de turmas agora”, finaliza.

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