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Associação quer fim dos feirões de carro

03/05/2012 17h23 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Associação quer fim dos feirões de carro

Donos de lojas de revendas de carros seminovos de São Carlos estão reunidos para criar uma associação que tem como meta apresentar um projeto de lei à Câmara de Vereadores para impedir a realização de feirões de carro na cidade, como já ocorre em cidades paulistas como São José do Rio Preto, Franca e Jaú.

Capitaneado por Júlio César Cassandro, um grupo de aproximadamente 70 donos de loja quer incluir na Lei 11.393, de 1997, que regulamenta a realização de feiras na cidade, que uma comissão formada por dez pessoas possa avaliar primeiro se a feira que se pretenda realizar não fere os interesses do comércio estabelecido.

De acordo com Cassandro, os feirões de automóvel estão tirando o público do dia-a-dia das lojas de carro e com isso os comerciantes perdem a oportunidade de fidelizar o cliente.

“Enquanto os feirões estavam dando lucro valia a pena investir. Atualmente, os lojistas estão tendo prejuízo na realização dos eventos. Em média, um feirão para dez lojistas sai por R$ 70 mil; 70% ficavam com os lojistas e o restante bancado por bancos e financeiras. Agora os bancos estão se retirando do processo e o ônus recaindo sobre nós”, afirmou.

Cassandro afirmou ainda que com a possibilidade de uma emenda à legislação vigente, a criação de um conselho de comerciantes pode resguardar o comércio local de aventureiros de outras cidades que fazem eventos por aqui e levam o dinheiro da população economicamente ativa para fora da cidade, deixando assim o “comércio local a ver navios”.

O grupo de lojistas de revenda de carros seminovos quer a participação da Associação Industrial e Comercial de São Carlos (Acisc) para que a lei possa atender a outros segmentos comerciais como roupas e calçados, por exemplo.

ACISC – De acordo com o presidente da Acisc, Alfredo Maffei Neto, a entidade ainda não foi consultada, mas ele sabe de bons resultados em cidades que aprovaram o fim dos feirões. “Posso garantir que a Acisc não vê com bons olhos essas feiras que chegam na cidade. São como gafanhotos, vêm, consomem o dinheiro da população e não deixam nada em troca”, afirmou.

Para Cassandro, outro fator que tem mobilizado os lojistas é que eles trabalham inclusive nos fins de semana para não perder o cliente que sumiu das lojas. “Temos custo com o traslado dos carros, segurança do evento e funcionários, além de perdermos o dia de descanso”, afirmou.

Estima-se que a cidade tenha perto de 90 lojas que atuam no ramo de revenda de carros seminovos. Mais de 70 desses já se comprometeram a participar da associação que deverá ter na próxima quinta-feira a primeira reunião para definir a diretoria e até o final de maio a documentação, incluindo o Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) registrado.

A associação pleiteia também que ela seja a responsável pela realização dos feirões na cidade, mas um a cada semestre e não um por mês como vem acontecendo nos últimos anos.

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