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Caos: Ambulâncias ficam retidas na Santa Casa por falta de macas

11/12/2019 16h56 - Atualizado há 4 anos Publicado por: Redação
Caos: Ambulâncias ficam retidas na Santa Casa por falta de macas Fotos: Jornal Primeira Página

Infelizmente a saúde pública, sendo ela no setor do atendimento pré-hospitalar de urgência e emergência da cidade de São Carlos, vem sofrendo com o caos e a velha história sobre a falta de macas, para pacientes que chegam ao Serviço Médico de Urgência (SMU) da Santa Casa, por intermédio do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), Corpo de Bombeiros e demais ambulâncias que atendem pelo município e também na região.
O problema é antigo, e muito das vezes chega a travar de três a quatro viaturas no pátio de entrada e saída de veículos de emergência na referida unidade hospitalar que é referência da cidade.
Segundo apurado, o problema que é constante, não tem horário específico para acontecer, pois durante todo o dia pode se notar um grande tempo de permanência de ambulâncias em tal setor do hospital, devido a não ter macas para a transferência dos pacientes que até lá são socorridos.
Durante a tarde desta quarta-feira, 11, uma Unidade de Suporte Básico (USB) do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), ficou retida na unidade por aproximadamente 45 minutos, onde o fato foi registrado e encaminhado até o Portal do Jornal Primeira Página através de denúncia.
Em nota, a Assessoria de Imprensa da Santa Casa se manifestou a respeito do fato, e informou que a unidade conta hoje com 30 leitos de uti – sendo 5 de UTI Pediátrica, 5 para UTI Neonatal e 20 de uti adulto (15 para o sus e 5 para convênios). Segundo dados do Ministério da Saúde, por atender a uma população de 400 mil habitantes (incluindo as 5 cidades da microrregião: Dourado, Ibaté, Ribeirão Bonito, Descalvado e Porto Ferreira) seriam necessários hoje mais 35 leitos de uti.
Isso impacta diretamente no SMU, o pronto-socorro da santa casa. Hoje, nas duas salas de emergência, há 9 leitos que deveriam servir como atendimento intermediário até a internação na UTI. Mas como faltam leitos na UTI, as duas salas acabam funcionando como unidade de terapia intensiva. O problema é que esses leitos não estão cadastrados como UTI. Por isso, o governo federal não cobre os custos gastos com esses atendimentos, que giram em torno de R$ 309,5 mil por mês.
Como os leitos do pronto-socorro são usados como leitos de UTI, muitos atendimentos emergenciais são feitos em macas, que também estão em falta. Resultado: quando o SAMU e o Corpo de Bombeiros vêm para o SMU, muitas vezes precisam esperar até 1 hora para que a maca seja liberada.
Para tentar amenizar o problema, a Santa Casa tem tentado sensibilizar empresários e parlamentares para a ampliação da UTI com mais dez novos leitos.
Além de ouvir a versão apresentada pela assessoria de imprensa do hospital, a reportagem foi buscar a versão da Prefeitura Municipal de São Carlos, por intermédio da Secretaria Municipal de Saúde, tendo a frente o secretário Marcos Palermo, onde o líder da pasta, afirmou que irá notificar o hospital, devido ao mesmo ser contratado pelo município, para que agilizem e resolva tal situação, devido a falta de nexo casual por parar ambulância devido a falta das macas. Palermo afirmou que precisa haver uma melhor organização e gestão da Santa Casa nesta questão a fim da resolução do problema, onde o mesmo informou que já estaria acionando a provedoria da unidade hospitalar, a fim de sanar o problema e atender o paciente conforme a sua necessidade e não deixar a cidade desassistida por tal fato.
Por volta das 17h15, o secretário municipal manteve um novo contato com a nossa equipe de reportagem, e informou estar nas dependências do Serviço Médico de Urgência (SMU) da Santa Casa de São Carlos, onde já teria a principio disponibilizadas algumas macas, e estariam em busca de deixar mais uma quantia das mesmas a disposição das ambulâncias que chegam no hospital para a transferência dos pacientes.
Diante do que foi exposto pelo secretário de saúde, a Santa Casa afirma que, até o momento, nenhuma maca foi disponibilizada pelo município. Esclarece também que, por determinação do Ministério da Saúde e do Departamento Regional de Saúde, o atendimento da Santa Casa deveria ser referenciado. Isso quer dizer que o hospital só deveria receber os pacientes encaminhados pelas UPAS e não trabalhar de portas abertas, recebendo pacientes para consultas e casos menos graves. O hospital ressalta que vem trabalhando dessa forma, porque o município não consegue dar conta da demanda e para não deixar nenhum paciente sem assistência. Mas por conta da superlotação recorrente, a direção da Santa Casa vai notificar o Ministério Público e a Prefeitura para que o atendimento passe a ser referenciado e a determinação do Ministério da Saúde seja cumprido.

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