Cartões de débito e crédito são alternativas que facilitam o troco

30/04/2012 20h35 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação

Com a culpa generalizada dos cofrinhos, moedas somem do comércio e donos de lojas são obrigados a usarem cartões de crédito e débito nas compras de valor pequeno para evitar troco. Segundo Diego da Silva Amorim, funcionário da Peixaria São Carlos, a maior dificuldade no troco é com as moedas de um real.  “Pessoal pede moedas de R$ 1,00 para colocar no cofre”, o que deixa os caixas zerados no comércio. Uma das alternativas encontradas é usar o cartão, explica Raul Guilherme Leal, dono da banca de jornal do centro da cidade. “Comerciantes das lojas ao redor da banca vêm pedir troco e passam no cartão de débito e crédito”. 

A banca de jornal é referência em troco na região central de São Carlos, porém esse costume mudou. “Hoje em dia tenho clientes que pagam um jornal que custa R$ 1,50 com uma nota de R$10,00”, diz Leal. A maior justificativa para falta de troco no mercado são os cofres. “Têm milhões de moedas perdidas em cofrinhos”, fala Alberto Pedrini, cliente da banca de jornal.

Comerciantes buscam novas opções na hora de voltar o troco, como dar um desconto na mercadoria. “Chego a dar desconto para o cliente por falta de moeda”, ressalta Carla Cristina da Motta, funcionária que trabalha no caixa do Empório Brigante. Além disso, a população não tem o costume de usar moedas. “Quando a gente pede moeda para facilitar o troco, o consumidor não gosta muito”.

É no final do mês que a falta de troco no comércio fica acentuada. “Dessa maneira tenho um retorno e o pessoal vem trocar moedas”, explica Leal. Muitas vezes, é necessário ir ao banco trocar dinheiro para gerar troco, relata Lindomar José Borges, proprietário do PQ da loja do Centro. “Tenho um movimento grande, então preciso preparar meu troco diariamente, assim vou até o banco ou tenho clientes que vêm trocar moedas comigo”.

Os valores escassos no mercado são de R$ 1,00 e R$ 0,50, pois são as preferidas da população para guardar nos cofrinhos, relatam todos os comerciantes entrevistados. “Faltam moedas de R$ 1,00 e R$ 0,50 porque o pessoal guarda muito”, diz Carla. A solução é usar as moedas com valores menores. “Temos que devolver troco com R$ 0,25. São as moedas que, por enquanto, mais circulam pela quantidade”, ressalta Diego.