Cerca de 60% dos servidores estão parados afirma sindicato
De acordo com Sérgio Pinheiro Nunes, coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores Técnicos-Administrativos da Universidade Federal de São Carlos (Sintufscar), com três dias de greve a paralisação atinge atualmente 60% da classe.
A greve dos técnicos administrativos da UFSCar permanece sem negociação e solução, e até o momento nenhuma negociação foi feita por parte do Governo Federal.
“Por hora, não tivemos nenhum posicionamento do governo, nós estamos esperando a instalação do Comando Nacional de Greve na próxima semana em Brasília e aguardando um posicionamento do Governo Federal. O comando local de greve deve ter dois representantes junto ao comando Nacional de greve e também participar das discussões”, diz Nunes.
O coordenador disse que a greve pode ser discutida em Brasília com a ministra Miriam Bechior do Ministério do Planejamento, mas o sindicato não concorda com esta condição e prioriza que o assunto deve ser tratado diretamente com o Ministério de Educação.
A reinvidicação dos servidores públicos da UFSCar é a reposição das perdas inflacionárias em torno de 22,08%. Além disso, a valorização dos servidores públicos federal como um todo, reposicionamento dos aposentados e estabelecimento de uma data base.
Professores não param – Segundo Ednaldo Brigante Pizzolato, vice presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal de São Carlos (Adufscar), no dia 6 de junho foi realizado uma assembléia para decidir a respeito da paralisação. E ficou decidido que o plebiscito seria votado por cada campus. Então Sorocaba obteve a votação de 88 votos a favor e 12 contra, em Araras de 27 votos a favor e 15 contra e em São Carlos houve a decisão de não paralisação com 253 votos contra a 168 a favor.
“Nós tivemos uma leitura política e deixamos nossa posição a favor da greve. Porém deixamos livres a decisão dos docentes ao voto individual. Respeitamos de forma democrática apoiando politicamente e juridicamente”, comenta Pizzolato.
O vice-presidente explica que desde 2010 o governo propôs aos professores o Projeto de Lei 2203/11 para correção de distorções das carreiras do Magistério Superior e do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico e o reajuste salarial de 4% para março de 2012. Mas não houve o cumprimento da ação do governo que cancelou o PL e adotou uma medida provisória com o mesmo teor, e o reajuste foi pago somente agora no junho e os retroativos serão pagos em julho.
De acordo com Ednaldo, isso causou um grande descontentamento da classe e a partir desse momento passaram a sinalizar a greve.