Chegou o fim das sacolas descartáveis

O dia 25 de janeiro de 2012 é o prazo limite para que as sacolas descartáveis sejam substituídas por reutilizáveis nos supermercados do Estado de São Paulo. Diante disto, é necessário que a população encontre outras alternativas para transportar suas compras.

A terapeuta Ana Célia Aguiar, conta que deixou de usar sacolas plásticas muito antes das campanhas de sensibilização. “No começo eu usava as caixas de papelão que encontrava no supermercado para levar as compras pra casa. Hoje, tem uma caixa de papelão que mora no porta-malas do meu carro. Além dela, tenho uma sacola feita de material reciclável na bolsa para as compras menores”, diz.

Alguns anos atrás, o uso de carrinhos e sacolas, conhecidas como sacolas de feira, era comum. Porém, com o passar do tempo, as redes de supermercado cresceram e a população também começou a realizar compras maiores. “Antes, você ia ao supermercado comprar o que faltava em casa naquele dia, ai ficava fácil levar tudo em uma sacola. Hoje, nos acostumamos a ir ao supermercado fazer compras de mês e ai uma sacola só não dá”, comenta Adriana Santos, 36 anos.

O diretor regional da Associação Paulista de Supermercados, Tiago Trevelatto Albanezi, conta que algumas redes de supermercado já começaram a aderir a campanhas. “Alguns realizam o Dia sem Sacola. Entre outras campanhas, existe a Vamos tirar o planeta do sufoco, lançada hoje em São Carlos que tem o intuito de conscientizar a população sobre o uso de sacolas descartáveis. Este é um movimento que vem acontecendo no mundo todo, não só no Brasil, até mesmo alguns países subdesenvolvidos já aboliram as sacolas”, comenta.

Segundo levantamento da APAS, em São Carlos são utilizadas cerca de 13 milhões de sacolas plásticas por mês. As sacolas plásticas comuns levam no mínimo 100 anos para se decompor, as biodegradáveis, por exemplo, levam cerca de 60 dias.

Para Adriana, tudo é uma questão de hábito. “Temos que mudar o hábito e sabemos que nem sempre é fácil. Às vezes, quando compro algo e digo que não precisa de sacolinha e coloco na bolsa, o atendente fica me olhando espantado. Mas, encontrar opções favoráveis para o meio ambiente é também encontrar melhores alternativas para nossa casa, vida e até mesmo nosso bolso”.