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Cientistas criam metodologia para produzir nanofios de ouro

Os resultados da pesquisa abrem vários caminhos para aplicações dos nanofios de ouro

28/10/2020 07h02 - Atualizado há 3 anos Publicado por: Redação
Cientistas criam metodologia para produzir nanofios de ouro Foto: IQSC-USP

Pesquisadores do Instituto de Química de São Carlos (IQSC) da USP desenvolveram uma nova metodologia para produzir nanofios de ouro. Produzidos em laboratório a partir da combinação de diferentes agentes e reações químicas, esses nanofios são estruturas de ligação com diâmetro de 10-9 metros. Isso equivale a dividir um milímetro (mm) da régua em 1 milhão de partes. Um outro achado inesperado foi descoberto durante a caracterização do material. Ao investigarem os nanofios de ouro, os estudiosos perceberam que eles tinham a estrutura de um bastão.

Os resultados da pesquisa abrem vários caminhos para aplicações dos nanofios de ouro. Também conhecidos como fios quânticos, esses conectores já são utilizados para ligar componentes a circuitos muito pequenos. No caso dos nanofios de ouro, especificamente, eles estão sendo estudados para futuras utilizações na área de diagnósticos e terapias, por exemplo.

A rota de síntese, como os estudiosos chamam as estratégias estabelecidas para realizar um experimento, deu aos cientistas a oportunidade de controlar com mais eficiência o tamanho e a forma da partícula, garantindo maior homogeneidade ao material. Esse e outros resultados foram publicados em junho na revista científica Nanoscale, um dos principais periódicos internacionais em nanociência e nanotecnologia.

“O fiozinho crescia a partir de uma partícula esférica e seguia por uma direção preferencial”, relata o coordenador do Grupo de Materiais Coloidais do IQSC, Laudemir Varanda, sobre  estrutura de bastão dos nanofios. “Conseguimos demonstrar, por meio da nossa rota de síntese, quais eram os parâmetros que controlavam esse crescimento e por que ele ocorria dessa forma.”

Segundo o pesquisador, o ouro é biocompatível, por isso, os testes de citoxicidade devem mostrar que ele pode ser bem tolerado pelo organismo. “Estamos no começo das pesquisas e muitos testes ainda precisam ser realizados”, pondera.

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