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Ciesp aposta em 2 mil demissões na indústria em 2016

06/03/2016 11h09 - Atualizado há 8 anos Publicado por: Redação
Ciesp aposta em 2 mil demissões na indústria em 2016

O empresário Ubiraci Moreno Pires Corrêa, diretor regional do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) da Região de São Carlos, afirmou que a situação do setor fabril de São Carlos é “terrível”. Ele acredita que até o final de 2016 o segmento demitirá até 2.000 trabalhadores. Ele ressalta que além de companhias tradicionais como a Latina Eletrodomésticos e a Opto Eletrônica, que estão em recuperação judicial, várias outras, de vários segmentos, também amargam os efeitos. 

“As demissões são diárias em todas as empresas. Para se ter uma ideia conheço o caso de uma fábrica que fechou 2015 com queda de 50% nas vendas em comparação a 2014 e, agora, em 2016 já prevê uma redução de 20%. O mercado está parando. Então, vemos no dia a dia o fenômeno da desindustrialização, um lamentável desmonte de nosso parque industrial”, destaca Ubiraci.

Segundo ele, o único setor que estão em plena expansão é da fabricação de artefatos e componentes para as usinas eólicas, que estão sediadas no município de Sorocaba. “Este é um produto novo e está movimentando a economia daquela região. Os demais estão todos sofrendo muito”.

EXPORTAÇÕES – Com relação ao crescimento que está sendo registrado nas exportações nos últimos meses devido à alta do dólar, Ubiraci não se anima. Ele ressalta que o único mercado crescente é o da América Latina, que não representa muita coisa. “Se você vende 20 e depois passa a vender 21, você está aumentando a venda, mas isso é ridículo, pois a necessidade é de um crescimento de verdade e não isso”. 

INVESTIMENTOS – Sobre os investimentos que São Carlos vem recebendo nas áreas de serviços e comércio, como novos supermercados, lojas e outras empresas, Ubiraci afirma que é positivo, mas também não substitui o emprego industrial perdido. “Na verdade o emprego industrial paga melhores salários que o comércio e o setor de serviços”.

CPMF – Quanto à volta da CPFM (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), Ubiraci é otimista. “Não acredito, pois não há clima para isso. Mas um novo imposto seria péssimo, pois estaríamos possibilitando a arrecadação de dinheiro por quem não sabe o que fazer por ele”, critica ele. 

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