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Cigarro eletrônico divide opiniões

17/03/2012 10h47 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Cigarro eletrônico divide opiniões

Deixar de fumar não é tarefa fácil. O hábito, que envolve todo um ritual, a própria nicotina ou a mania de fumar na companhia de amigos num bar bebendo uma cerveja estão entre os fatores que enlaçam as pessoas a esse vício. Anunciado como um dos métodos eficazes para abandonar o cigarro normal, o cigarro eletrônico – proibido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) – ainda divide opiniões de especialistas e usuários.

Num primeiro momento, os e-cigarretes apresentam muitas vantagens. O seu formato é similar ao cigarro tradicional, porém são feitos de plástico e não possuem tabaco em seu interior. Um atomizador espalha a nicotina em gotículas, que se misturam ao vapor produzido pelo aparelho. O fumante aspira a nicotina e solta apenas vapor inodoro, o que evita o cheiro desagradável da fumaça e fumantes passivos.

Para o engenheiro civil Pedro Sanches o cigarro eletrônico foi uma alternativa eficiente. Quando diagnosticado com pneumonia aguda, não teve saída: era parar ou parar. Mesmo sabendo que o dispositivo estava proibido pela Anvisa devido à falta de comprovação científica sobre a eficácia e segurança do produto, ele resolveu arriscar. “Hoje não fumo mais, mas lembro que gostava muito. Eu comecei colocando ampolas com altos índices de nicotina e fui diminuindo a intensidade da nicotina ao longo do tempo. Era como se eu estivesse fumando o cigarro normal, pois eu tragava, via a fumaça, segurava o cigarro, todas etapas que fazem parte do hábito de um fumante. Eu recomendaria”, afirma.

Já o médico cardiologista Dr. Cristiano de Assis não indicaria o cigarro eletrônico nem como especialista e nem como fumante. Ele conta que decidiu experimentar o e-cigarrete após sugestão de um colega, também médico, que consegiui se livrar do vício. “Ele ajuda porque o ato de fumar se preserva, mas lembro que eu sentia muita náusea, mal estar, dor de cabeça. Não tive bons resultados como fumante”, conta.

Segundo ele, como especialista, também não aconselharia o uso do dispositivo. Isso porque não acredita na eficácia do produto, já que até agora, não foram feitos estudos clínicos rigorosos que provem que as pessoas que fazem uso do dispositivo deixam de fumar de fato, como ocorreu com os adesivos e as pastilhas de nicotina. “ Além disso, quando o cigarro foi lançado em 2009, a Agência Americana para o Controle de Medicamentos (FDA, na sigla em inglês) alertou para a presença de substâncias cancerígenas e tóxicas nestes cigarros. Portanto, eles também seriam prejudiciais”, finaliza.

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Paulo
Paulo
11 anos atrás

Paola,
Complementando suas informações, sugiro o link abaixo, tem muita informação científica e imparcial sobre o assunto:

info.abril.com.br/noticias/ciencia/cigarro-eletronico-ajuda-mas-causa-polemica-11112011-31.shl

O caso é que muitas pessoas que experimentam conseguem se adaptar otimamente à ele, como eu, sem náuseas ou outros inconvenientes, como aconteceu com o cardiologista; talvez o organismo dele estivesse tão impregnado de nicotina e mais 5.000 venenos, que quando ele fumou só a nicotina o organismo, que já deve estar em processo de adoecimento, estranhou…. A questão é: se um que tem nicotina e mais 5.000 venenos é vendido em supermercados, padaria, posto… e um outro, que tem só nicotina (- 5.000 venenos), e é uma ótima alternativa para a cura desse mal, não pode? Como assim? Como disseram o ingleses, isso é ‘irracional e imoral’ (lá é vendido em farmácia!)

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