Concentração de jovens na praça é forma de controle
Os problemas com a aglomeração de jovens na praça Coronel Salles e também na rua Dr. Teixeira de Barros, conhecida como rua Larga, continuam e atrapalham a população, comerciantes e moradores. Historicamente, os jovens, em diversas épocas, elegem pontos de encontro nos finais de semana, porém a mudança de comportamento dos jovens, a erotização e o consumo de drogas têm assustado. Diversas ocorrências de apreensão de drogas, perturbação do sossego público e vandalismo são registradas pela PM, e para a comunidade parece que nada tem sido feito para resolver ou minimizar os problemas.
O ex-secretário de Infância e Juventude, em sua última entrevista ainda como titular da pasta, discorda que nada vem sendo feito para melhorar os locais onde os jovens se reúnem. “Os jovens da periferia buscam um local, um ponto de encontro. Tudo estava disperso e gerando muitos problemas. Conseguimos concentrá-los na praça Coronel Salles, alei temos a possibilidade de monitorá-los”, explica Menezes.
O ex-secretário concorda que os jovens precisam ter um local para ter o que muitos chamam de “o social” e o poder público tem que intervir para oferecer um espaço, quando de forma aleatória poderiam ocorrer problemas mais graves como o tráfico de drogas. “Se estes jovens ficassem em pontos diversos, o controle sobre a influência de traficantes seria mais complexo. Reunidos em um único local é mais fácil para a Polícia Militar combater e prender os traficantes que queiram aproveitar a aglomeração dos adolescentes”, explica Menezes.
Ainda, segundo a Secretaria de Infância de Juventude, a ação de traficantes na praça de Coronel Salles foi reduzida a quase zero e os poucos que tentavam vender entorpecentes, foram detidos pela polícia.
ÁLCOOL – Outro ponto que Menezes afirmou ter melhorado com a concentração dos jovens na praça Coronel Salles foi a redução da venda de bebidas alcoólicas para os jovens. “Em um trabalho com outras secretarias, conseguimos inibir a venda de bebida alcoólica e aumentar a fiscalização”, explica. Porém quem passa às sextas-feiras pela praça percebe o consumo por menores. “Este consumo é porque muitos trazem de casa, mas buscamos tentar acabar com isso também”, fala.
SOM – Sobre a questão do som alto, Menezes informou que a prefeitura procurou evitar que os jovens estacionassem os carros ao redor da praça, transformando-a em um local de competição de carros com o melhor e maior volume, assim a prefeitura disponibilizou um equipamento próprio até às 22 horas para que seja utilizado pelos jovens. “Colocamos lá um equipamento, os jovens pedem a sua música. Ficou algo mais organizado e não como era antes. Evitamos com isso alguns problemas, explicou.
RUA LARGA – Para Menezes, os problemas que ocorrem na rua Larga não competem à Secretaria da Infância e Juventude. “Lá são adultos que se misturam aos poucos adolescentes que causam um grande problema. Na secretaria, não temos como intervir, uma vez que não estão diretamente ligados a políticas públicas para a juventude. Lá é um caso de fiscalização e ação da polícia militar”, disse.
