CPI dos Uniformes não encontrou irregularidades
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que apurava eventual descarte de uniformes escolares apresentou o relatório final, em 31 de março. O documento, relatado pelo vereador Ditinho Matheus, concluiu que “não houve lesão aos cofres públicos, uma vez que os uniformes encontrados no prédio do Sesi e no Fundo Social de Solidariedade ‘Amai-vos’ foram resgatados pela administração municipal e devidamente distribuídos aos alunos da Rede Pública e parceiros que possuíam convênio com a Secretaria Municipal de Educação”.
Os únicos vereadores que votaram contra o relatório foram os do PT, uma vez que eles entendiam que o foco da Comissão foi desviado, tendo em vista que a principal intenção era a apuração do descarte irregular do material.
A 1ª reunião da Comissão aconteceu em 29 de maio do ano passado e em seis reuniões os parlamentares colheram depoimentos de servidores relacionados à Educação e ao Almoxarifado da mesma secretaria.
De acordo com o relatório do vereador Ditinho Matheus, após os depoimentos dos servidores Rhaony Buzzini, Waldomir Carlos David Júnior, Reginaldo Aparecido Simonetti, Eduardo Mariano Lopes e Wanderley Escrivani Júnior, a CPI concluiu que existia um desencontro de informações sobre o estoque e distribuição de alguns materiais.
“Observamos também que todos desconheciam os motivos de parte dos uniformes estarem em outros locais que não o almoxarifado. Quanto à distribuição dos uniformes, observamos que não houve má-fé nem desonestidade por parte dos funcionários”, acentuou.
Os integrantes da CPI recomendaram que todos os funcionários do almoxarifado tenham mais cuidado quanto ao armazenamento e à distribuição de qualquer que seja o material, visto que se trata de “um bem público e existem normas bem definidas para o trato com os uniformes”, destacou.
ELUCIDAÇÃO
A Comissão sublinhou que os depoimentos das professoras Élcia Augusta Ferraz Mangino e Maria Cecília Cerminaro foram importantes, pois “confirmaram o recebimento dos uniformes e que foram distribuídos aos alunos, uma vez que a escola as quais atuam atende a alunos muito carentes”, explicou a Comissão, em relatório.
“Recomendamos ao governo municipal o melhor armazenamento e distribuição dos produtos estocados no almoxarifado da secretaria”, concluiu o relatório.
No dia 30 de abril de 2014, uniformes foram achados abandonados em um prédio que já havia sido sede de uma escola municipal. O imóvel foi ocupado por um casal que afirmou que as roupas já estavam lá por pelo menos quatro meses, quando chegaram. As peças estavam inteiras e pareciam novas. Entre os itens estavam camisetas, agasalhos e calças.
Alguns dos uniformes ainda se encontravam embalados. Em maio do mesmo ano, novas caixas com uniformes foram descobertas, de acordo com a Prefeitura, no prédio do Fundo Social de Solidariedade. Algumas roupas estavam ainda na embalagem e outra parte já havia sido usada.
O local serve como depósito da Prefeitura e os uniformes pertenciam às duas administrações anteriores. Somando o que foi encontrado, os itens totalizam pelo menos oito mil que não foram entregues aos estudantes.