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Cresce número de estudantes estrangeiros em São Carlos

13/04/2013 14h49 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Cresce número de estudantes estrangeiros em São Carlos

Nos últimos anos tem aumentado o número de estrangeiros que vêm morar em São Carlos. O principal motivador desse fato são os intercâmbios promovidos pelas universidades, e um bom indicador desse fato é o concomitante aumento da procura por aulas de português para não falantes da língua: “Nos últimos cinco anos temos sentido esse crescimento. Antes tínhamos 25, 30 alunos nas turmas. Atualmente, esse número chega a 100”, diz Nelson Viana, professor do Departamento de Letras na UFSCar e responsável pelo curso de português para estrangeiros.   

 

O peruano Rommel Anatoli Quintanilla Cruz, de 25 anos, mora em Arequipa, estuda ciências da computação na Universidad San Agustín e há cerca de 1 mês está em São Carlos. Questionado se já havia ouvido fala da cidade, diz: “Sim, pois uma amiga fazia mestrado na USP”. Sobre o processo de mudança e adaptação, ele afirma: “Em geral acho que as pessoas aqui são muito boas, muito legais. Não tenho problemas. Felizmente acho que já estou acostumado. A mudança para cá é uma experiência parecida quando me mudei de Puno para Arequipa”, diz Rommel, cujo intercâmbio é de 6 meses, mas gostaria que se estendesse.

A designe gráfica, Natália Cortez, colombiana, veio para São Carlos acompanhando o marido, que começou o curso de doutorado na USP: “É um processo difícil, pois estava acostumada à capital, onde temos de tudo. Quanto ao transporte, pegamos ônibus a qualquer hora, e aqui é complicado, às vezes temos que sair 1h30 antes dos nossos compromissos. Mas São Carlos é bem tranquila, e isso é uma coisa boa. Tem muitas lanchonetes, gosto muito da comida brasileira, da feijoada, gosto muito de sagu”. Ela também acha que, comparativamente, o Brasil é mais caro do que na Colômbia: “Mas morar no interior é um pouco mais acessível”.

Questionada o que sentiu de diferente entre Colômbia e Brasil, ela disse: “O café da manhã. Lá ele é mais pesado, mais forte: comemos ovos, tamale tolimense…” Esse prato é feito, entre outras coisas, com toucinho, ovos, pimenta, carne de galinha, carne moída de porco e batata. “Os brasileiros são pessoas boas, e em São Carlos as pessoas são muito acolhedoras”, completa Natália. 

Eduardo Aguerri, também de Bogotá, mestre em engenharia mecânica e pretende fazer o doutorado no Brasil. Chegou em fevereiro e conta : “Não conhecia São Carlos. Chegamos em seis pessoas. Queríamos morar todas juntas, mas não foi possível”. Para ele, a maior dificuldade é com a linguagem: “Mas esta ficando cada vez mais fácil. Depois de duas semanas parecia que estava falando com um colombiano que tem um sotaque esquisito”.

Sobre a relação com os brasileiros, ele diz: “As pessoas são muito legais: perguntam do que precisamos, como podem nos ajudar. Às vezes saímos, e eles pagam tudo. Fico até com vergonha. Na Colômbia essa relação demora mais. Aqui é logo no começo”. 

Questionado sobre quanto tempo pretende ficar no Brasil, ele é taxativo: “Toda a vida”.

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