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Crise nos EUA afeta economia regional

08/09/2011 20h37 - Atualizado há 13 anos Publicado por: Redação
Crise nos EUA afeta economia regional

Legenda: Crise na economia norte-americana afeta produtos básicos de consumo  Chamada de Capa: Recém-saído de uma crise econômica os EUA já entraram em outra. Déficit público norte-americano provoca desvalorização do dólar, que faz inflação subir, eleva os preços e afeta os consumidores brasileiros.

A economia norte-americana passa por mais uma crise. Dessa vez, o acúmulo das dividas públicas é o grande causador dessa instabilidade financeira do mercado internacional. Mas será que essa crise será refletida para os consumidores brasileiros?

Segundo dados do Banco Central, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano aponta um acúmulo de 7,23% na inflação, o que, de acordo com o economista Adriano Francisco, afeta a economia regional. “Apenas a notícia de que há uma crise na economia americana já acaba gerando uma onda de negatividade no mercado internacional afetando a economia regional”, afirma o especialista.

De acordo com Francisco os principais produtos a serem afetados por essa crise são os chamados “commodities”, que são produtos básicos, homogêneos e de amplo consumo, que podem ser produzidos e negociados por uma ampla gama de empresas. Como por exemplo, produtos agropecuários, como boi gordo, soja, café; minerais, como ouro, prata, petróleo e platina; produtos industriais como tecidos de algodão, poliéster, ferro gusa e açúcar; e até mesmo financeiros, como as moedas mais requisitadas (dólar e euro), ações de grandes empresas, títulos de governos nacionais, etc. “Teoricamente os mais afetados seriam os produtos mais exportados pelo país, pois com a onda de negatividade há uma desvalorização do dólar fazendo com q o nível de exportação nacional diminua consideravelmente em termos de valores”.

Ele explica ainda sobre a causa dessa crise. “A famosa frase “gasta mais do que ganha”. O governo americano há muito tempo acumula dividas que estouram o orçamento do governo. Isso acaba gerando um acúmulo no déficit público, o qual acaba gerando uma crise de pagamentos do próprio governo”.

O economista diz sobre qual seria uma solução adequada para o caso e dá a receita para os consumidores evitarem perder dinheiro. “A regulamentação da divida publica americana seria o mais adequado, pois isso traria mais confiança ao mercado internacional trazendo de volta o equilíbrio. Para os consumidores, a dica é sempre fazer a verificação dos valores mais em conta para fazer o melhor negócio”.

É importante ressaltar que recentemente (2008) os Estados Unidos viveram uma crise parecida com essa. Porém de acordo com Francisco, um pouco mais grave. “A atual crise norte-americana tem os seus pontos graves, porém não se compara a crise de 2008, que foi uma crise de liquidez, e não de divida publica”, conclui.

Em contrapartida, de acordo com a presidenta da república, Dilma Rousseff, em seu pronunciamento de 7 de setembro, transmitido em rádio e TV, a atual crise econômica é alvo de mais preocupação do que aquela de 2008. “A crise atual é mais complexa que aquela de 2008, da qual nós nos saímos muito bem. Os países ricos se preparam para um longo período de estagnação e até de recessão. Mas a crise não nos ameaça fortemente”.

Porém, Dilma faz questão de tranquilizar o povo brasileiro. “Estaremos bem atentos para evitar qualquer efeito mais grave da crise internacional. Estar atento não significa ficar com medo, ou ficar paralisado. A estabilidade da economia está garantida, e a inflação está sob controle”, apesar do acumulado nos últimos 12 meses ter superado o teto da meta, de 6,5 por cento. 

Elias Taveira de Freitas {jcomments on}

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