Dengue: Falsos agentes se aproveitam de campanha

Segundo a Vigilância Epidemiológica de São Carlos, até agora foram registrados 126 casos de dengue na cidade sendo 67 casos autóctones (adquiridos na cidade) e 59 importados.. Visando o combate ao mosquito, a vigilância treina constantemente cerca de 50 agentes, todos concursados, que fazem fiscalização em todos os pontos da cidade.

Porém, alguns mal-intencionados se aproveitam disso para ludibriar as pessoas que abrem suas casas para a verificação. Segundo Edel Zóia, chefe do setor em São Carlos, já houve um incidente envolvendo isso, no começo da campanha. “Bateram na casa da pessoa se apresentando como da Vigilância e aproveitaram para furtar a casa”, relata.

Por isso, é importante destacar algumas características fundamentais. “Os agentes de combate à dengue são todos uniformizados e têm o crachá da prefeitura, são todos treinados para o atendimento à população. Caso alguma dúvida quanto a identidade da pessoa, contactar o 190”, orienta.

Mas segundo Edel, nem sempre as pessoas deixam entrar em suas casas, mesmo com os funcionários se identificando. “É visível a falta de consciência e conhecimento das pessoas que não permitem que os agentes desenvolvam seu trabalho, achando que se trata de uma doença comum. Muitos desacreditam sobre a importância de se lutar contra o vírus da dengue e isso atrapalha muito a ação dos nossos agentes”, afirma.

Ela explica que a ação dos agentes é diferenciada para três casos. Quando é apenas um trabalho de rotina, os agentes orientam e entregam panfletos sobre medidas alternativas que podem ser tomadas para evitar a proliferação do mosquito. Em caso de suspeita de dengue é feito um bloqueio com tratamento focal de criadouros não-removíveis em um raio de200 metros(9 quadras) ao redor do casa e do local de trabalho/estudo. No caso de confirmação do caso, é feita a aplicação de veneno ambiental para eliminar o mosquito.

Edel afirma que pesquisas já foram feitas para saber o motivo de, mesmo as pessoas sabendo, os casos continuarem aparecendo. “Se deixar, acontece, conhecimento há, mudança de hábito não”, finaliza.