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Dia Internacional da Síndrome de Down é celebrado hoje

20/03/2012 17h30 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Dia Internacional da Síndrome de Down é celebrado hoje

Neste 21 de março é comemorado o Dia Internacional da Síndrome de Down. Já registrada no calendário oficial da Organização das Nações Unidas (ONU), a data foi estabelecida com o intuito de fazer menção aos portadores, além de impulsionar a inclusão social e a independência dos que possuem a alteração genética, também conhecida como trissomia do cromossomo 21.

De acordo com o médico geneticista Dr. Alberto Mendes, a síndrome de Down é uma alteração cromossômica causada pela existência de três cromossomos 21. Considerada uma das anormalidades cromossômicas mais comuns em nascidos vivos, a síndrome apresenta uma combinação específica de características fenotípicas. “Cabelo liso e fino, olhos semelhantes aos dos orientais,rosto redondo, orelhas pequenas e baixa estatura são alguns dos traços dos portadores dessa síndrome”, explica.

A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de São Carlos atende cerca de 80 alunos portadores da síndrome e realizará uma programação especial interna para promover uma maior conscientização da sociedade em relação ao deficiente. Segundo Antonio Carlos Matos, diretor administrativo da Apae, hoje em dia as pessoas já aceitam melhor o excepcional, no entanto, o portador de Down ainda enfrenta certo preconceito devido à sua fisionomia, composta por traços característicos. “A aceitação por parte das pessoas está cada vez maior, mas ainda existe um público reticente. Muitos pais se perguntam: ´será que eu vou colocar meu filho na Apae? Lá só tem louco`. Hoje, essa fala é mais amena, mas ainda existe”, explica.

Não é o caso de Liliana F. Costa que vê o filho Gabriel, 10, como uma bênção. Ela lembra que quando recebeu a notícia de que seu filho era Down não teve nenhum tipo de rejeição e sua primeira reação foi comunicar o seu marido a respeito, frisando que talvez o acontecido pudesse servir de motivo de união para a família. “Ele ficou muito refratário, separado da gente. Quando eu me dei conta de que ele realmente não estava colaborando, eu dei um ultimato pra ele. Expliquei que hoje em dia uma pessoa com síndrome de Down tem muitas possibilidades, que eu seria muito feliz com o Gabriel e deixei claro que se ele não quisesse fazer parte dessa união, enfrentar a situação e ser feliz conosco, que ele fosse embora. No fim, a paternidade falou mais alto”, lembra.

Até hoje, Marco sente certa insatisfação pessoal e às vezes até raiva de si mesmo por não ter assimilado o fato logo no início. “´Por que comigo?`, eu me perguntava. Passaram-se mais ou menos cinco meses até começar a entender. Hoje, eu não o trocaria por nada. Na escola, na natação, ele se cobra muito e esse perfeccionismo faz com que ele cresça e supere seus limites. Todos os dias eu aprendo uma lição com o meu filho”, se orgulha o pai de Gabriel.

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