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Diferentes gerações conflitam no mercado de trabalho

23/03/2012 17h58 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Diferentes gerações conflitam no mercado de trabalho

O comportamento profissional sofreu grande alteração a partir da década de 90, devido à difusão da internet e a aplicação da tecnologia no mercado de trabalho. Inevitavelmente, o encontro de gerações num mesmo ambiente gera conflitos podendo, inclusive, interferir no desenvolvimento da empresa.

De acordo com o gestor de recursos humanos, Marcio Oliveira, quando há conflitos, geralmente, a geração Y está presente. Ele explica que essa geração é composta por jovens entre 25 e 30 anos, que têm pressa para conseguir reconhecimento e crescimento profissional e que mudam de emprego com facilidade quando não estão satisfeitos. “O conflito acontece geralmente entre a geração Y e as gerações anteriores, podendo ser tanto com os baby-boomers, que fazem parte da geração dos que tem mais de 45 anos, valorizam a experiência e o tempo de empresa, e com os integrantes da geração X, que são os que estão entre 30 e 45 anos, que prezam a carreira e se preocupam com a segurança financeira. Muitas vezes, a geração Y tem mais sucesso no mercado de trabalho e acaba tomando o lugar da geração X, justamente pelo fato de estar mais aberta a novos modelos de trabalho”, explica.

Segundo ele, as gerações atritam pois possuem concepções muito distintas. Para uma pessoa mais velha, por exemplo, é difícil assimilar que o jovem Y sente na mesa de trabalho, ouça música e navegue em redes sociais enquanto trabalha. “Para essa pessoa, fazer isso é enrolar e não produzir. Mas na verdade, fazer várias coisas ao mesmo tempo, inclusive, o trabalho é uma característica da geração Y. Além disso, o X se apega muito à hierarquia, pois é isso que consolida seu poder. Então, por exemplo se o Y vai conversar com o diretor da empresa sem passar pelo X, ele não gosta. E todas essas questões devem ser gerenciadas para evitar interferência na produtividade da empresa”, esclarece o gestor.

A empresária Adriana Domenico, 37, comanda aproximadamente 15 funcionários, sendo que 90% deles têm entre 20 e 30 anos. No entanto, ela conta que a convivência entre as duas gerações no seu emprego é muito saudável e baseada numa relação de troca. “Quando eu não consigo enxergar algo, eles sinalizam meu erro e eu acabo aprendendo também. Na minha opinião, quando compartilhamos conhecimento, isso faz com que a empresa cresça”, declara.

Porém, a situação não é assim tão harmoniosa em todos os lugares. Por isso, para Oliveira, uma possível solução para os conflitos no ambiente de trabalho seria que ambas as gerações evitassem disputar espaço, seja com o mais veterano ou com o jovem recém-chegado na empresa. “Isso é exercer escolhas de forma estratégica. Além disso, é preciso que exista o respeito e a liberdade. Quando isso consegue ser estabelecido, se cria um ambiente mais suave, o que impulsiona a produtividade da empresa e beneficia a todos”, finaliza.

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