Doenças comuns no verão podem ser evitadas
Na próxima quinta-feira (22), oficialmente, começa a estação mais quente do ano: o verão. Nesta época, algumas doenças se tornam mais frequentes devido às altas temperaturas e umidade do ar. A equipe de reportagem do Jornal Primeira Página conversou com um especialista para saber quais são essas enfermidades e como evitá-las.
Segundo o clínico geral e pneumologista Dr. Sergio Pripas, a desidratação é uma das doenças mais comuns desta estação. Isso porque no calor, para manter a temperatura ideal do corpo, suamos mais e consequentemente eliminamos maior quantidade de água do corpo. “A desidratação geralmente se dá quando a pessoa ingere pouco líquido. No entanto, ela também pode ser causada devido ao vômito e diarréia. Por isso as pessoas devem, além de ingerir bastante líquido, selecionar bem a comida e evitar o consumo de alimentos que se deteriorem facilmente”, afirma.
Outra doença bastante comum é a insolação, que consiste na exposição exagerada ao sol, podendo causar queimaduras na pele. A recomendação do Dr. Pripas é que as pessoas evitem a permanência prolongada ao sol durante os horários em que a incidência dos raios solares é mais intensa, entre 10h e 16h. “Se a pessoa for realizar alguma atividade física, é preferível evitar esses horários e buscar um local mais sombreado para a prática”, explica.
Já que o verão coincide com a época de férias e a frequência com que as pessoas entram na piscina ou no mar é maior, o Dr. Pripas ressalta que doenças como micose, otite (inflamação dos ouvidos) e conjuntivite também são mais incidentes. “Micoses são fungos que se desenvolvem mediante umidade e se proliferam na pele, principalmente entre os dedos do pé. Enxugar bem entre o vão dos dedos, mantendo-os secos, é uma maneira de evitar contrair a doença”, recomenda.
Aos que possuem tendência a desenvolver inflamações do ouvido, é importante o uso de protetores de silicone ao entrar no mar ou na piscina, já que eles impedem a entrada de água. Além disso, cotonetes para enxugar o ouvido são recomendados, no entanto, sem introduzí-los profundamente, evitando posteriores danos ao duto auditivo.
Já a conjuntivite, que pode ser causada devido a um processo irritativo gerado pelo sal do mar ou pelo cloro da piscina, pode ser evitada através do uso de óculos de natação e da boa higiene dos olhos. “Lavar bem os olhos e usar água boricada auxiliam a evitar as infecções mais comuns, no entanto, em casos avançados, é necessário procurar um oftalmologista, que indicará o tratamento correto a ser seguido”, alerta.