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Escola Técnica Estadual Paulino Botelho celebra 80 anos

28/04/2012 08h14 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Escola Técnica Estadual Paulino Botelho celebra 80 anos

A Escola Técnica Estadual Paulino Botelho, antigamente denominada Escola Profissional de São Carlos, também conhecida como Escola Industrial, comemora 80 anos de tradição no próximo dia 13 de maio. Localizada à rua Marechal Deodoro, no bairro da Vila Nery, a instituição, durante décadas, formou inúmeros técnicos especializados e até hoje se mantém com ensino de excelência.

Diante de um cenário em que a valorização do ensino técnico está cada vez maior, já que esta modalidade é uma opção rápida para inserção ao mercado de trabalho, a escola só vem a constribuir para a formação de profissionais qualificados na cidade. Assim sendo, a fim de homenagear os importantes nomes que passaram pela escola ao longo de suas oito décadas de existência, será realizada no dia 18 de maio uma sessão comemorativa na Câmara Municipal.

Para Maurilo Villas Bôas, atual diretor da Etec Paulino Botelho, é extremamente gratificante estar à frente de uma instituição de ensino tão tradicional na cidade. Ele conta que foi aluno do curso de intercomplementariedade na habilitação técnica em Eletrônica nos anos 70 e há 21 anos trabalha como professor na unidade. “A satisfação de comandar uma escola fundada em 1932, é observar como a escola influiu e vem influindo no aspecto social e econômico da cidade e região. Vários empresários, funcionários e docentes das grandes universidades passaram pelos bancos escolares da nossa instituição. São raras as empresas em que você não encontra um profissional formado pela Paulino Botelho, ou Industrial, como é carinhosamente conhecida”, declara.

Segundo Villas Bôas, a escola é referência na comunidade. Há alguns anos a Etec Paulino Botelho ocupa o primeiro lugar na pontuação do Exame Nacional do Ensino Médio das escolas públicas de São Carlos. “Outro ponto muito importante é a colocação dos jovens no mercado de trabalho. Segundo nossas últimas estatísticas, praticamente 77% dos nossos alunos arrumam trabalho após concluir um curso técnico”, afirma.

O diretor também destaca o orgulho que ex-alunos e alunos demonstram por terem estudado na escola, fato que os incentiva a continuar lutando pela educação profissional neste país e por uma escola de qualidade na cidade e na região. “Há uns quatro anos um empresário de Minas Gerais veio nos fazer uma visita. Ele e seus dois irmãos se formaram em Mecânica, na turma de 1946. Foi comovente vê-lo, com lágrimas nos olhos, demonstrar o carinho e a emoção ao voltar à escola”, relembra Villas Bôas.

 

80 anos de história

 

De acordo com o historiador Marco Bala, a antiga Escola Profissional Técnica Secundária de São Carlos começou a se concretizar no governo do prefeito Paulino Botelho de Abreu Sampaio, no final da década de 30. A denominação incialmente prevista era em homenagem ao Dr. Júlio Prestes (à epoca, governador do Estado), mas que foi abandonada com a eclosão da Revolução de 30.

Oficialmente a escola foi inaugurada em 13 de maio de 1932, mas somente em 1943 recebeu a denominação em homenagem a Paulino Botelho. Seus primeiros diretores foram Ferrucio Corassa (até então dirigia o GE Paulino Carlos), Nicolau Priolli, Antônio Luis Pandolfi, Antônio Funes, Mário França, Carlos Alberto Corrêa Salles, dentre outros nomes relevantes para a história de São Carlos.

Para Bala, a ampliação dessa rede de ensino evidencia, além de de um novo paradigma educacional em São Carlos, a vocação histórica da cidade para se configurar como um pólo difusor de educação técnica. “Ao longo do século XX, São Carlos sempre esteve entre as principais cidades industriais do estado de São Paulo e a disseminação desta modalidade de ensino, evidenciada pela instalação do Sesi, Senai e outras instituições de ensino técnico, espelham essa vocação”, explica.

Segundo ele, a base da civilização do século XXI é técnico-científica. Portanto, São Carlos está fina sintonia com essa tendência, embora com uma forte digital da cultura humanística consolidada em sua história. “Dessa maneira, avalio que a presença de uma instituição de ensino como esta é uma dádiva são-carlense”, finaliza o historiador.

 

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