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Em 30 anos, doença subiu de 3% para 15%

31/01/2012 11h54 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Em 30 anos, doença subiu de 3% para 15%

Levantamento recente da Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta índices alarmantes: 155 milhões de jovens apresentam excesso de peso em todo o mundo, ou seja, uma em cada dez crianças é obesa. Somente no Brasil, a obesidade cresceu aproximadamente 240% nos últimos 20 anos. Dados da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia indicam que no país, 6,7 milhões de crianças apresentam esse problema. Nos últimos 30 anos, a Sociedade Brasileira de Pediatria identificou que o índice de crianças obesas passou de 3% para 15%.

Devido a isso, a volta às aulas traz a preocupação com os hábitos alimentares de crianças durante o período escolar. De acordo com o médico endocrinologista Eugênio Cardinalli, há diversos fatores determinantes que levam à obesidade infantil, no entanto, atualmente, as duas principais causas da doença são a grande oferta de alimentos hipercalóricos e o sedentarismo. “Hoje em dia a criança passa muito tempo diante do computador, televisão e videogame, todas atividades que não envolvem exercício físico. Essa inatividade é um fator que contribui, e muito, para o ganho de peso”, explica.

Segundo ele, a obesidade infantil se transformou em uma questão de saúde pública, pois nunca houve tanta criança obesa como hoje. Além disso, as chances de uma criança obesa se tornar um adulto obeso e, consequentemente, desenvolver problemas de saúde, é de 80%. “As principais consequências da obesidade infantil são o diabetes e a síndrome metabólica. Pressão arterial elevada, dislipidemia, esteatose hepática e altas taxas de açúcar no sangue (glicemia) estão entre os fatores que geram essa síndrome, responsável pelo aumento do risco dessa criança desenvolver problemas cardiovasculares”, alerta Cardinalli.

Para prevenir a doença, o endocrinologista atenta para que os pais orientem as crianças a optarem sempre pelas opções mais saudáveis nas cantinas das escolas, evitando frituras, refrigerantes e buscando como opção lanches naturais. “Além disso, as recomendações básicas são as que muitos já sabem: fracionar os alimentos, ou seja, não passar mais do que três horas sem ingerir comida; não pular o café da manhã, que é um hábito que vem se perdendo, porém é ele é essencial para o desenvolvimento da criança, já que traz energia para sua atividade diária; mastigar bem os alimentos, pois isso faz com que a digestão seja mais lenta e a absorção dos nutrientes mais eficaz; e tentar realizar algum tipo de atividade física que agrade. Criar hábitos de alimentação e de atividades diárias são essenciais para evitar essa doença”, finaliza.

 

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Paulo Cesar
Paulo Cesar
12 anos atrás

Pois é, até a obesidade aumentou mais do que o aumento do salário dos professores!

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