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Em São Carlos, jovens representam em torno de 20% do total de consorciados

28/03/2012 17h32 - Atualizado há 12 anos Publicado por: Redação
Em São Carlos, jovens representam em torno de 20% do total de consorciados

Dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcio (Abac) indicam um crescimento de 120% no número de pessoas entre os 20 e 30 anos que adquiriram cotas de consórcio entre 2006 e 2010. Em São Carlos, o cenário não é diferente, já que, segundo informações de administradoras de consórcio, os jovens representam, em média, 20% do total de consorciados na cidade.

De acordo com Luciano Torres, gerente de vendas da Embracon – administradora autorizada pelo Banco Central para comercializar cotas de crédito na cidade -, no último semestre a procura por consórcios teve aumento significativo. “De modo geral, registramos alta de 70% a 80%. São vários os fatores que influenciaram esse aumento, como as taxas bancárias mais baixas, o fato de o consórcio ser menos burocrático, de o consumidor conseguir organizar melhor o orçamento e de a economia do país estar estável. Além disso, outros setores que tiveram aumento expressivo, algo em torno de 70%, foram as classes C e D, devido à maior renda geral da população”, explica.

Segundo ele, os jovens, atual público-alvo das administradoras de consórcio, estão mais conscientes da importância de poupar e investir e veem no consórcio o meio mais viável para adquirir o bem desejado. “Geralmente, são jovens que visam a independência financeira, mas ainda não saíram da casa dos pais. Dessa maneira, como eles não gastam com despesas familiares, eles querem investir e planejar o futuro. Nossa maior demanda ainda é por imóveis, mas o ramo de automóveis cresceu cerca de 30%”, afirma Torres.

Representantes das administradoras ressaltam que a experiência dos pais é fator sine qua non para que os jovens se tornem consorciados, já que a cultura da poupança planejada é algo transmitido de pai para filho. Esse foi o caso do vendedor Bruno R. Moura, 26, que resolveu investir em um consórcio após seu pai ser contemplado em grupos de motocicletas e imóveis. Moura investe em uma carta de crédito de R$90 mil, para a compra da casa própria. O vendedor vai pagar mensalmente em torno de R$750, o equivalente a 21% do seu salário, durante 120 meses. “Estou noivo e pretendo casar em alguns anos, portanto, fiz o consórcio para comprar um imóvel. Se eu fosse adquiri-lo através de financiamento, o imóvel custaria muito mais caro. Como meu pai teve uma experiência positiva, eu resolvi investir. Só que não adianta ter pressa”, declara.

Para o economista Jônatas R. Silva, o consórcio tem como vantagem a menor taxa de administração e a chance de a pessoa ser sorteada e contemplada com a carta de crédito. Ao mesmo tempo, sua desvantagem é a ansiedade de ser ou não sorteado e o custo administrativo. “Num cenário ideal as pessoas deveriam fazer sua própria poupança para poder comprar à vista. O consórcio tem um custo bem melhor do que o financiamento, por exemplo, então eu diria que é uma alternativa intermediária”, opina.

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