24 de Abril de 2024

Dólar

Euro

Cidades

Jornal Primeira Página > Notícias > Cidades > Empresa de São Carlos produz membrana que acelera cicatrização

Empresa de São Carlos produz membrana que acelera cicatrização

15/05/2013 11h28 - Atualizado há 11 anos Publicado por: Redação
Empresa de São Carlos produz membrana que acelera cicatrização

“É uma tecnologia 100% são-carlense desenvolvida aqui na Nanoskin”, diz Peterson José Bernardo, diretor da empresa de São Carlos que apresenta soluções baseadas em nanotecnologia para diversos tipos de lesão na pele como, por exemplo, queimaduras, feridas acarretadas por diabetes, e lesões cirúrgicas infectas.

 

“Nano é a bilionésima parte do metro”, diz Peterson, que completa: “Só para ter um exemplo prático: um nano é uma parte do diâmetro de um fio de cabelo cortado cem mil vezes”. Segundo ele, a nanotecnologia é uma forma de reorganizar e unir as moléculas de um dado material: “Assim, temos um produto mais resistente, mais duradouro. É uma tecnologia que atua nas estruturas da matéria”.

Ele explica que a base da tecnologia por eles desenvolvida veio do nordeste, mas que circunstâncias climáticas e econômicas colocaram obstáculos ao desenvolvimento dos produtos. O caminho, então, foi se adaptar: “Pegamos uma pesquisa lá desenvolvida desde 1982. E, como toda boa pesquisa, estava jogada no fundo de uma gaveta em uma universidade. Trouxemos para São Carlos e aqui nós a adaptamos dentro da nossa realidade. Inicialmente ela era feita com cana de açúcar, mas ela tem problema de sazonalidade, agrotóxicos, entressafra…”.

Por meio de pesquisas, eles descobriram que o chá verde, junto à levedura, tem as mesmas características da cana, além de outras mais, necessárias ao produto: “Fizemos a troca de um pelo outro e conseguimos um produto que serve tanto para área de saúde como para área de cosméticos”.

Além das lesões provocadas por diabetes e queimaduras, o produto, segundo Peterson, mostrou-se eficaz para marcas de expressão, manchas na pele, estrias e celulites.

Desde o início do ano, eles estão exportando para Emirados Árabes, França e, agora, Alemanha: “Isso porque nossa licença da Anvisa saiu apenas em agosto de 2012. O projeto é expandir mundo a fora”, diz o diretor da empresa.

Em São Carlos e na região, ela tem trabalhado para implantação do produto: “Existe muita burocracia para ser superada. Em Araraquara já existe um contato e aqui em São Carlos também. Em Florianópolis e na Bahia também existem pessoas trabalhando para homologação do produto”.

Dado sua textura, o produtos pode ser comercializado em várias formas e tamanhos, dependendo das necessidades que busca resolver.

 

Resultados

O produto, segundo o diretor, é 100% natural: “Não houve nenhum caso de rejeição. Percebemos, sim, diferenças de reação do organismo dos pacientes: uns demoram mais, outros demoram menos, mas todos tiveram resultados satisfatórios. No caso de uma cicatrização, chega a acelerar 2/3 do prazo normal”.

Peterson narra um caso em que o médico diagnosticou a necessidade de amputação do pé e parte da perna de um paciente: “De fevereiro até agora, usando a membrana que desenvolvemos, o caso já está quase resolvido. Daqui um mês o caso vai estar solucionado”.

Any Carolina Signori Arantes, podóloga e aluna da Enfermagem da Unicep que acompanha o desenvolvimento da Sanoskin, por 5 anos testou e documentou os resultados do produto obtidos em seu consultório. E ela apresenta, hoje, na III Semana Integrada de Enfermagem da Universidade Federal de São Carlos, alguns dos resultados obtidos: “O objetivo é poder dar aos profissionais a oportunidade de conhecer, se interessar e dar continuidade nas pesquisas”.

Recomendamos para você

Comentários

Assinar
Notificar de
guest
1 Comentário
Mais antigas
Mais novos Mais Votados
Comentários em linha
Exibir todos os comentários
jota
jota
10 anos atrás

Parabéns tudo que é trabalhado para ajudar pessoas, merece meu aplauso e desejo de sucesso.

0
Queremos sua opinião! Deixe um comentário.x