Estudantes elegem representante dos direitos das crianças
Terminou ontem (14), na Escola Técnica Paulino Botelho, vinculada ao Centro Paula Souza, a Votação Mundial para eleger a Heroína dos Direitos das Crianças, que representará 28 milhões de crianças em todo o mundo. O resultado da votação será divulgado na I Conferência das Crianças do Mundo, que será realizada internacionalmente no dia 21 de maio, no auditório do Instituto de Física de São Carlos.
A iniciativa faz parte do projeto sueco internacional The World’s Children’s Prize Foundation, programa de educação e comunicação mundial que tem como intuito contribuir para a formação de um mundo mais humano. Anualmente, os estudantes da Etec Paulino Botelho participam do programa a fim de debater sobre a realidade dos direitos da criança no município, além de discutir questões fundamentais como o exercício da democracia. Para este ano, o trabalho infantil foi eleito como tema principal das discussões.
De acordo com o estudante Felipe Gabriel, participar do projeto é extremamente gratificante, já que esta é uma maneira de os estudantes se mobilizarem para realizar algo importante pela cidade e, principalmente, pelas crianças. “O projeto é recente no Brasil e nossa escola é a primeira em São Carlos que desenvolve a conferência. É importante no sentido de que estamos trazendo para nossa cidade uma preocupação nova, voltada para os direitos das crianças. Nossa intenção é de, inclusive, ampliar a iniciativa para outras instituições de ensino da cidade”, afirma.
Os 480 alunos da escola elegerem uma entre as três candidatas ao Prêmio das Crianças do Mundo: Anna Mollel, que luta há mais de 20 anos pelas crianças deficientes nas áreas rurais e pobres do nordeste da Tanzânia; Sakena Yacoobi, ativista que busca proporcionar às mulheres afegãs o direito à educação e à saúde; e Ann Skelton, por anos de combate em prol dos direitos das crianças afetadas pelo sistema judiciário.
Na opinião do estudante William Veltroni, 17, a votação é importante não somente para ele, mas para a escola como um todo, já que é uma maneira de conscientizar os alunos sobre a importância de se valorizar pessoas que fizeram diferença ao lutar pelos direitos das crianças. “É ter a consciência do papel que essas três mulheres desempenharam. A votação, além de um exercício para a democracia, é uma forma de escolher a candidata que melhor representa os direitos da criança. Nós, em São Carlos, e outras milhares de pessoas espalhadas por diversos países do mundo chegaremos a um consenso, como uma maneira de estimar a luta dessa heroína”, ressalta.
