Evento deve reunir 50 mil pessoas
No próximo domingo (18), a partir das 14h, será realizada em São Carlos a 4ª edição da Parada do Orgulho LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais). Neste ano, o evento terá com o tema “Contra a discriminação e a impunidade, homofobia também é crime!”. A concentração acontece na avenida São Carlos, próximo à rodoviária, e segue até a praça do Mercado Municipal onde, a partir das 17h, terão início os shows programados para a Parada.
De acordo com Alexandre Sanches, chefe da Divisão de Políticas para Diversidade Sexual, a expectativa é de manter o mesmo público de 2011, no qual estiveram presentes cerca de 50 mil pessoas. O evento contará com o apoio de todo o efetivo da Guarda Municipal, além do auxílio da Polícia Militar, seguranças particulares e agentes de trânsito. “Nos anos anteriores não foram registradas ocorrências. Não houve depredação do patrimônio público e nenhum caso de violência. Acredito que isso se deve ao fato de que a Parada possui um caráter de reivindicação de direitos. Todos que estão ali reunidos lutam por uma causa. São homossexuais e heterossexuais juntos por um ideal. Além disso, nós nos preocupamos com cada detalhe para justamente não termos problemas e para que todos possam desfrutar de um ambiente saudável”, afirma.
A Parada do Orgulho LGBT em São Carlos é a 2ª maior do estado de São Paulo. Segundo Phamela Godoy, coordenadora política da ONG Visibilidade LGBT, até 2009 São Carlos era considerada uma cidade conservadora, no entanto, com o sucesso obtido nas edições anteriores, já que todas tiveram seus objetivos alcançados, constatou-se que, na verdade, São Carlos aceita muito bem a orientação sexual de seus cidadãos. “A Parada é um evento simbólico para o município. Pais, filhos, idosos, homossexuais ou não, costumam estar presentes. É um evento que a sociedade acolhe muito bem. Neste ano o prefeito irá assinar o decreto para o lançamento do Plano Municipal de Políticas para Diversidade, o que concretiza a cidadania LGBT”, ressalta.
Segundo ela, seria ilusório considerar que a homofobia não existe na cidade, no entanto, através do trabalho que vem sendo desenvolvido pela ONG em conjunto com a prefeitura, é possível evitar, por exemplo, que comentários homofóbicos se transformem em agressões. “Pessoas estão morrendo, sendo humilhadas e tendo seus direitos negados todos os dias no Brasil. Nosso objetivo é pautar os direitos e dar visibilidade à comunidade LGBT de nossa cidade. Por isso, queremos colorir a avenida São Carlos e pedir pela criminalização da homofobia ”, finaliza Godoy.
