Faber-Castell começa a demitir funcionários temporários
Presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas afirmou que não há demissão em massa, tampouco de grupos de efetivos
A unidade da indústria Faber-Castell de São Carlos (SP) demitiu dez pessoas na manhã desta segunda-feira, 5, sendo oito temporários e dois efetivos. De acordo com um dos funcionários, semanalmente a empresa tem feito demissões de efetivos em pequenos grupos.
Segundo o denunciante, eles optam por este modelo para não levantar suspeita na renovação do quadro de funcionários, trocando os efetivos por contratos temporários.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas (que abrange a produção de lápis e canetas), de São Carlos e Região, Flávio José de Barros Moraes, disse que não procede a informação de demissão em massa. “Pelo contrário, a Faber-Castell contratou 280 pessoas em caráter temporário em fevereiro para suprir as 62 pessoas que estão afastadas com licença remunerada, por ser de grupo de risco e que não podem trabalhar durante a pandemia de coronavírus”, relatou.
Flávio afirmou que 17 pessoas do grupo de temporário tiveram o contrato encerrado pelo fim do prazo contratual. “Mas são todos temporários”. Ele disse ainda que o restante deste grupo tem o fim do contrato no início maio.
Segundo presidente do sindicato, a Faber-Castell está trabalhando de segunda a segunda e espera-se que a empresa mantenha a produtividade em alta durante todo o ano. “O que vem alimentando a produtividade é a exportação para o mercado norte-americano, já que o mercado nacional está parado”, explicou.