Família espera 24 anos por explicação da morte de filha
São 24 anos de espera e nenhuma resposta. A família de Andreia Negrão dos Santos, morta em 1988, vive com uma lacuna em sua história. Ninguém, nem a Polícia Civil e nem Polícia Militar, conseguiu desvendar o assassinato da menina, que na época tinha 14 anos. “Vivo sem um pedaço de mim e o pior, não sei o que aconteceu com ela. Todos estes anos se passaram, mas não consegui esquecer o que aconteceu. Apenas a religião acaba me confortando. Mas o pai, foi se deixando levar por tudo e sua vida acabou. Perde o estímulo de viver”, contou Lúcia Helena dos Santos, a mãe de Andreia.
A história começa em 1988, era uma terça-feira, 29 de março. Andreia pediu a mãe, Lucia Helena, para ir ao parque de diversões, instalado na avenida Getúlio Vargas. Lúcia concordou, porém teria que ir acompanhada da irmã Adriana e do primo Cleber, na época ambos tinham 13 anos. Porém tudo foi combinado com outras duas tias, local onde as meninas iriam passar a noite, por ser perto das instalações do parque, no Cruzeiro do Sul. Andreia morava no Santa Felícia.
E assim, saíram foram os três para o parque. O que deveria ser uma tarde de alegria, tornou-se uma tragédia, até hoje sem solução. “Dificilmente eu deixava as crianças saírem para longe de casa, autorizei o que foi o fim da vida para minha filha”, disse a mãe.
Segundo registros policiais, as crianças deixaram o parque por volta das 22h. Em1988 acriminalidade não estava tão visível e presente na vida das pessoas.Em São Carlos, ainda podia-se dormir com janelas e portas abertas. Havia apenas alguns pontos de isolados que preocupavam as Polícias Civil e Militar.
Andreia se despediu da irmã Adriana e do primo Cleber, que iriam passar a noite na casa da tia Maria, mãe de Cleber. Andreia iria ficar na casa da tia Marlene, a poucas quadras do parque. A menina, de fato, passou a noite na casa da tia. Porém pela manhã, decidiu ir da Vila Alpes até o Cruzeiro do Sul, se encontrar com a irmã e o primo na casa da outra tia. E aqui a história começa a ganhar tons trágicos.
Segundo os relatos do inquérito policial, eram sete horas da manhã quando Andreia saiu da casa da tia Marlene em direção ao Cruzeiro do Sul. A menina, segundo testemunhas, foi vista, na época, pela Vila Isabel, no entorno do Conjunto Educacional Sesi, e nas proximidades onde hoje é o CDHU. Local que na época tinha um matagal, um campinho de futebol e uma grande mangueira, onde as crianças subiam na árvore para saborear “mangas no pé”. Andreia nunca chegou ao seu destino final, na casa da sua tia Maria.
TELEFONEMAS ANÔNIMOS – Depois de procurar Andreia em casa de diversos parentes na Vila Prado e Cruzeiro do Sul, no final da tarde do dia 30 de março foi registrado o boletim de ocorrência de desaparecimento. Telefonemas anônimos diziam ter informações sobre o paradeiro da menina. A Polícia Civil tomou como linha de investigação, em um primeiro momento, encontrar o autor dos telefonemas.
Pouco tempo depois foi localizado o autor, porém de concreto nada foi encontrado. A polícia passou a receber inúmeras ligações, todas elas forma apuradas e não tinham nenhum fundamento que desse um caminho verdadeiro para o que de fato havia acontecido. “Foram momentos de angústia, tristeza, medo e insegurança. Não sabíamos se ela estava viva, morta, sofrendo. Queríamo-la de volta. Fazíamos de tudo. Meu irmão até largou o emprego para ajudar a procurar a Andreia e nada”, relata Lúcia, a mãe da menina, em entrevista exclusiva ao Jornal Primeira Página.
Menina foi encontrada morta 82 dias depois
O corpo de Andreia foi encontrado em junho de 1988, depois de 82 dias do seu desaparecimento. Na região onde hoje é o CDHU, havia um campo, mato, árvores e era local de acesso ente as pessoas que vinham da vila Isabel, Vila Apes, para o bairro de Cruzeiro do Sul. Ali existia uma mangueira, onde crianças se reuniam para pegar o fruto. E foi neste local que o corpo da menina de 14 anos foi encontrado.
Segundo o inquérito policial, um homem teria ido próximo da árvore para urinar e foi quando encontrou um corpo em alta decomposição. Ele estava coberto de grama, um pouco mais à frente havia algumas roupas de criança.
A polícia constatou que no corpo de Andreia havia diversas perfurações de faca, os dentes quebrados e sinais de tentativa de defesa.
O desaparecimento chegava ao fim.
O MONSTRO DE RIO CLARO – No ano de 2000, com a divulgação de casos semelhantes na cidade de Rio Claro, cogitou-se a possibilidade de Laerte Patrocínio Orpinelli, conhecido como Monstro de Rio Claro, ter praticado o crime.
Orpinelli foi trazido para São Carlos, realizou várias diligências em diversos pontos de São Carlos, mas o delegado responsável pelo caso de Andreia, na época, descartou qualquer participação de Orpinelli.
Com isso, 24 anos depois, a polícia não conseguiu encontrar uma resposta para a família e para a sociedade.
Polícia pode continuar investigando, mas crime prescreveu
Segundo o advogado criminalista, Arlindo Basílio, caso a polícia obtiver novas informações sobre o caso Andreia, ela poderá continuar as investigações, porém o crime já prescreveu e se caso encontrar o autor do crime, ele poderá ser beneficiado por isso.
Basílio disse ainda que não é comum um caso assim ficar sem solução. Isso acontece apenas quando todos os elementos não permitem chegar ao autor. “É incomum. A polícia já deu todas as atenções possíveis, porém hoje não há mais o que fazer, uma fez que o crime já está prescrito”, finalizou.
Nossa eu me lembro disso, meus pais me levavam pro SESI aos sábados por ali e sentíamos um cheiro horrível de carniça na época, mas como ali era só mato alto ninguém nunca imaginária que fosse um corpo humano em decomposição. Triste demais, minhas condolências para a família..
na mesma epoca over um crime brutal quaze do mesmo jeito que lembra do monstro de ibate que matou treis meninas na estrada do broa sera que não foi o mesmo que matou andreia a policia na epoca sera que em vistigou isso ?????????????
houve tbm investigações quando teve o caso das meninas de Ibaté,mas…nada, ela desapareceu primeiro que as meninas de Ibaté e foi encontrada depois das meninas, msm assim não houve indícios de que pudesse ter sido a msm “pessoa” se é que posso chamar assim um ser desses ….SAUDADES MINHA IRMÃ QUERIDA…♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥♥
cadê o recorte de jornal com a notícia, como diz a legenda???
kkkkkkkkkkkkkkkk